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Campo Mourão – Literalmente às moscas. Essa é a sensação de quem visita o aeroporto Geraldo Guia de Aquino, em Campo Mourão, na região Centro-Oeste do estado. A porta de entrada do aeroporto foi tomada por um vespeiro. Construído na década de 40 para receber o major reformado Geraldo Guia de Aquino, que visitava a cidade para exibir filmes em praça pública, o local está abandonado. O que seria um terminal de passageiros tem os vidros quebrados, portas remendadas e fechadas com pedaços de pau, pintura velha, fiação elétrica exposta, banheiros sujos e infiltrações.

O cenário é desolador. "À noite isso mais parece com uma casa mal-assombrada", comenta um vizinho. Das 70 lâmpadas da pista de pouso e decolagem, 15 estão queimadas. A sala de embarque serve como depósito para guardar bicicletas e vassouras velhas.

Os vôos comerciais acabaram há quatro anos, com o fim de escalas feitas por uma empresa aérea. Nesse período, o único movimento no lugar é do vigia, que também orienta pilotos de aviões agrícolas que usam a pista esporadicamente. Condições de tempo e ventos são passadas pelo radioamador, no ‘olhômetro’. "A gente fala apenas o que está acontecendo com o tempo, se ajuda eu não sei", diz o vigia Agnaldo Alves Correa.

Segundo o secretário de obras de Campo Mourão, Gilmar Kwistchal, o município só deve investir no aeroporto no ano que vem, após o resultado da vistoria do Departamento de Aviação Civil (DAC), realizada há três meses. "Não podemos reformar sem estar dentro das normas técnicas do DAC", justifica.

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