Rodoviária tem mais movimento com a crise da aviação
Curitiba Além dos hotéis, bares e revistarias dos aeroportos, empresas de ônibus que fazem as mesmas linhas das rotas aéreas mais comuns têm lucrado com os transtornos da aviação.
Curitiba Muita gente está cancelando viagens por conta do caos aéreo e a tendência é a situação piorar. A constatação é de Geraldo José Zaidan Rocha, da agência de viagens GR Turismo. Rocha fala com a experiência de empresário do ramo turístico, mas também com a de usuário do transporte aéreo. Anteontem, ele chegou com um grupo de jovens de uma viagem aos Estados Unidos, às 8h25, no Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos. Foram até o aeroporto de Congonhas para pegar o vôo a Curitiba, que foi cancelado. Optaram por voltar de ônibus à capital paranaense. Chegaram às 4 horas da manhã de ontem, quase 20 horas depois de desembarcarem em São Paulo. "Resolvi fretar um ônibus. Não tinha avião e Congonhas estava uma confusão. Parecia repartição pública", diz o empresário.
Para Rocha, o número de cancelamentos de pacotes turísticos aéreos pode passar dos 20% registrados no fim do ano passado. "Ninguém quer viajar para se preocupar. Aí o pessoal fica em casa", constata.
A situação é ainda mais grave quando se trata de viagens corporativas, feitas por executivos de empresas. De acordo com José Roberto Ghisi, proprietário da Canadian Turismo, empresa curitibana que tem como carro-chefe as viagens corporativas, o número de cancelamentos já passa dos 50%. "A maioria dessas viagens tem São Paulo como destino. Dessas, praticamente 100% têm pedidos de cancelamento", diz.
O presidente da Associação Brasileira das Agências de Viagens do Paraná (Abav-PR), Antônio Azevedo, confirma o quadro. E eu estou sendo conservador nessa estimativa." Segundo ele, no mercado turístico o caos aéreo ainda não refletiu tanto quanto nas viagens corporativas porque as férias estão no fim.
Evitar viagens
A situação se agrava, ao menos temporariamente, com a proibição da venda de bilhetes aéreos para Congonhas. Enquanto isso, ocorre algo que seria cômico, não fosse trágico: quem ganha a vida vendendo viagens recomenda que as pessoas evitem viajar.
Além dos vôos regulares, os vôos fretados também estão sem autorização para usar Congonhas. A empresa que mais freta vôos no Brasil foram 5,4 mil no ano passado é a operadora de turismo CVC, mas ela parece já estar preparada para a nova situação.
De acordo com a assessoria de imprensa da operadora, aproximadamente 90% dos fretamentos da empresa estão sendo feitos via Guarulhos (SP) já há alguns meses.
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