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A agente de trânsito da Diretran (Diretoria de Trânsito) de Curitiba Luciane Estela Barros Domingues foi demitida por justa causa, na manhã de ontem, acusada de emitir multas irregulares para dois motoristas. Os dois condutores moram no prédio em que Ivone Estela Barros, mãe da agente, é síndica. Eles teriam sofrido represálias depois que questionaram a ação de Ivone frente ao condomínio.

"Ela (Luciane) usou o órgão público como represálias, para assuntos pessoais", disse o vendedor Édson Drago, um dos lesados. Só ele levou seis multas de trânsito da agente. O valor ultrapassa R$ 1 mil e com os 22 pontos acumulados na carteira de motorista, Drago perdeu a licença. O vendedor só percebeu que havia algo errado quando recebeu a última multa.

"No dia e hora em que fui multado eu estava em Paranaguá. Era, portanto, impossível a aplicação da multa em Curitiba", disse. O vendedor apresentou tíquetes do pedágio, nota fiscal do restaurante onde almoçou e um comprovante que confirma a permanência dele e do carro num hotel de Paranaguá. Ao todo, Drago e o empresário Carlos Vandembruck levaram 13 multas, todas aplicadas por Luciane. As notificações eram aplicadas desde novembro de 2006.

As vítimas foram até a Urbs (Urbanização de Curitiba S/A), que gerencia o sistema de transporte e trânsito em Curitiba, e relataram a "coincidência": as multas sempre eram aplicadas pela mesma agente. A Urbs, segundo a assessoria, abriu um processo interno e há três semanas teria comprovado as irregularidades quando viu que Luciane aplicou uma multa no horário em que estava dando uma palestra num colégio – há dois quilômetros do local onde o carro estaria estacionado.

A reportagem não conseguiu encontrar Luciane e Ivone Estela Barros para comentar o caso. Os motoristas multados terão os valores e os pontos cancelados.

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