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Uma reunião na tarde desta quarta-feira (28), entre agricultores do Assentamento 8 de abril (antiga Fazenda 7 Mil) e o prefeito Mauro Oriani (PT), vai definir se os integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) vão continuar acampados na frente da prefeitura de Jardim Alegre, região Centro-Norte do estado. Na manhã desta quarta, cerca de 800 agricultores seguiam acampados na frente da prefeitura.

Os integrantes do MST exigem melhorias nas estradas que dão acesso ao Assentamento 8 de abril. Em reunião na terça-feira (27), o prefeito alegou que o município não tem condições de atender sozinho as reivindicações dos agricultores. Para pressionar, os agricultores resolveram ficar acampados na frente do prédio da prefeitura.

"Agora pela manhã saiu uma equipe de agricultores, com o prefeito e vereadores para ir ao assentamento e ver o tamanho do problema nas estradas, que é crítico. À tarde, a partir das 15 horas, vamos conversar novamente para decidir se continuamos acampados na frente da prefeitura ou saímos. Nós vamos sair somente se a nossa reivindicação for cumprida, caso contrário não temos previsão para sair", afirmou o agricultor Noel Augusto, que vive no assentamento e participa do protesto.

De acordo com o comandante da 2ª Companhia do 10º Batalhão da polícia Militar, José Francisco Cardoso, a manifestação é pacífica e a PM está fazendo apenas um trabalho preventivo. "Os funcionários da prefeitura estão tendo acesso para trabalhar, os moradores também estão transitando normalmente", afirmou o comandante responsável pela área de Jardim Alegre.

Convênio

Em nota, a superintendência regional do Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra) informou que obras de infra-estrutura em assentamentos são realizadas por meio de convênios com as prefeituras e que a construção de estradas no assentamento 8 de abril depende de um projeto técnico a ser enviado pela prefeitura de Jardim Alegre.

A antiga Fazenda 7 Mil foi ocupada em 8 de abril de 1997 por cerca de 800 famílias do MST, depois de o Incra declarar o imóvel improdutivo. A área foi desapropriada e hoje vivem no local 562 famílias que produzem milho, arroz, feijão, algodão e outras culturas de subsistência.

Vídeo:Assista às imagens do acampamento na prefeitura

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