O reservatório de água que abastece o quilombo do Jaó, em Itapeva, no sudoeste paulista, foi envenenada com agrotóxico na última sexta-feira (25). O envenenamento foi percebido pelos próprios moradores ao usarem o líquido. Um integrante da comunidade chegou a beber a água e notou o gosto ruim. Ele passou mal e foi levado à Santa Casa de Itapeva, mas já recebeu alta. O reservatório foi interditado e passava por uma descontaminação nesta segunda-feira (28).
As 32 caixas domiciliares dos moradores tiveram de ser esvaziadas e passarão por limpeza. Durante o fim de semana, as casas foram abastecidas por um caminhão-tanque. A comunidade, composta por 56 famílias de descendentes de escravos, já foi reconhecida como quilombola pela Fundação Palmares em 2000, mas as terras que ocupa ainda estão em processo de titulação.
De acordo com o líder Antônio de Oliveira Lima, o produto lançado na água é um pesticida usado nas lavouras da região. Restos do produto químico ficaram espalhados sobre a tampa do reservatório. Segundo ele, a ação foi criminosa porque os moradores do quilombo fazem lavoura orgânica e não usam produtos químicos.
A Polícia Civil realizou uma perícia no local. O serviço de vigilância sanitária do município coletou amostras da água. O material foi enviado nesta segunda-feira ao Instituto Adolfo Luz em São Paulo, para exames.
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