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| Foto: Henry Milleo/Gazeta do Povo

A energia e a água do prédio que abriga o Núcleo Regional de Educação (NRE), no bairro São Francisco, foram restabelecidas por volta das 15 horas desta terça-feira (1°.) - algumas horas depois de terem sido cortadas como estratégia contra um grupo de estudantes que ocupa há um dia o local. A declaração veio do tenente-coronel Antonio Zanatta Neto, que coordena uma operação policial iniciada no fim da manhã no entorno do imóvel. Colocadas ao redor do prédio, as equipes, que não têm mandado, impedem a entrada de novos estudantes. A comida, que havia sido proibida de ser levada, também foi liberada pela polícia, que, neste momento, só autoriza a entrar no prédio servidores, aposentados e pensionistas que precisam dos serviços prestados no local. O prédio do NRE é onde fica a ParanáPrevidência.

A decisão veio depois de uma rodada de negociações entre que serviu para abrir o diálogo que pode levar ao fim da desocupação no prédio.

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Conversas

Por volta das 15 horas, chegaram ao local representantes da comissão de Direitos Humanos da OAB, advogados do Coletivo Advogadas e Advogados pela Democracia e do Conselho Tutelar. A tentativa era mediar uma conversa entre estudantes e PM. Inicialmente, Zanatta Neto se recusou a conversar com alunos mascarados.

Pouco depois, um grupo de cerca de dez estudantes passou a integrar a conversa, que ocorreu no interior do Núcleo.

Agora, uma nova reunião vai ocorrer para tentar garantir a saída pacífica dos estudantes do local. Soma-se ao grupo que já tinha participado do primeiro encontro o Ministério Público do Paraná, a Defensoria Pública e duas juízas do Coletivo Advogadas e Advogados pela Democracia. Uma psicóloga também deve estar presente para auxiliar na conversa com os alunos.

Em entrevista à rádio CBN, o tenente-coronel Antonio Zanatta Neto disse que o diálogo foi aberto depois que todos os estudantes que permanecem no local - cerca de 15 - tiraram suas máscaras. As negociações, então, foram iniciadas, e água e energia, restabelecidas.

“Se for desrespeitado o que estamos ajustando, imediatamente voltaremos a cortar água e luz”, declarou Zanatta Neto , que frisou: “ Estamos agindo com muita firmeza, mas sempre preservando a integridade das pessoas”.

Uma integrante do coletivo de advogados que representa os alunos disse que a intenção agora é garantir impunidade a todos os envolvidos no processo de ocupação.

“Não queremos pais e responsáveis intimados por causa das ocupações”, falou uma das representantes, em referência à decisão da Justiça da Araucária, na região metropolitana de Curitiba (RMC), que obrigou pais a retirarem alunos menores de 18 anos dos protestos.

Tumultos

Confusão entre fotógrafa e estudantes Henry Milléo/Gazeta do Povo

Alguns tumultos também marcaram o dia no NRE. Mais cedo, grupos contrários à ocupação nas escolas bateram boca com alunos que estavam em frente ao prédio, já com acesso bloqueado pela PM.

Impedidos de entrar, um grupo de estudantes tentou entrar no local por uma porta que fica mais abaixo da entrada principal. A tentativa foi impedida pela polícia.

Por volta das 16 horas, uma fotógrafa que se apresenta como da agência PhotoPress, de Ribeirão Preto, foi cercada por estudantes . Ela fotografava os adolescentes e um aluno tentou tapar a lente da câmera, o que motivou a confusão. Um jovem mascarado jogou água na profissional.

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