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Os corredores da maternidade do Hospital dos Servidores do Estado (HSE), na Gamboa, centro do Rio, foram inundados por água suja, que transbordou pelo bueiro do banheiro, na noite de domingo (22) em meio ao temporal que atingiu a cidade. Doze mulheres estão internadas na unidade federal. De acordo com funcionários, os médicos da maternidade buscam vagas para as pacientes em outras instituições da rede pública. Novas internações também estariam suspensas.

A maternidade do HSE é referência para partos de alto risco - recebe cardiopatas, diabéticas, hipertensas, com câncer, soropositivas, entre outros casos. Há bebês prematuros internados. Funcionários do hospital informam que os vazamentos iniciaram há algum tempo, inicialmente no banheiro do quarto de descanso dos médicos. “O banheiro dos médicos ficava interditado de vez em quando, mas era um problema restrito. Dessa vez, o problema foi muito mais grave. O esgoto voltou pelo bueiro do banheiro das pacientes e tomou os corredores de toda a ala da maternidade”, contou uma funcionária.

De um lado da maternidade ficam o setor de internação de grávidas, o de ultrassom e a emergência obstétrica. Do outro lado, ficam a UTI neonatal e o quarto de descanso dos médicos. “As mães que iam ver seus bebês tiveram que pisar nessa água imunda, com um cheiro horroroso. A postura do hospital é não parar de atender, mas o risco de infecção é imenso”, afirmou um dos profissionais entrevistados pela reportagem. Segundo esse funcionário, novas internações foram suspensas. Duas grávidas soropositivas foram encaminhadas na manhã desta segunda-feira para o Hospital Universitário Antônio Pedro, em Niterói, e a Maternidade Maria Amélia, no centro.

A assessoria do Ministério da Saúde negou a informação de que internações foram suspensas e disse que as pacientes que estão na unidade não serão transferidas. De acordo com a assessoria, o problema foi pontual, provocado pelo temporal, e resolvido pela equipe de engenharia de plantão. Outra equipe completou o serviço nesta segunda-feira (23). Já os funcionários dizem que o entupimento de banheiros ocorre há pelo menos quatro anos, quando uma reforma do prédio foi iniciada e interrompida em seguida.

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