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A agonia do Rio Barigui

O lago do Parque Barigui é bonito para quem vê de longe. Quem se arrisca a desrespeitar a placa de aviso – de que é proibido tomar banho – corre o risco de morrer: foi assim no último fim de semana com um guardador de carros que entrou no lago para pegar um aeromodelo e afundou no lodo depositado no fundo. Não se trata de uma fatalidade, mas de problema ambiental, segundo especialistas.

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O consumo e o uso de água não tratada e poluída matam mais do que todas as formas de violência, segundo relatório intitulado "Água Doente", divulgado pela ONU. O estudo afirma que pelo menos 1,8 milhão de crianças com menos de 5 anos de idade morrem por ano em decorrência do uso de água imprópria para o consumo – o que representa uma morte a cada 20 segundos. "Isso significa que mais pessoas agora morrem [por causa] de água contaminada e poluída do que de todas as formas de violência, inclusive guerras", diz o documento, que foi divulgado em Nairóbi, no Quênia, na África, ontem, no Dia Mundial da Água.

De acordo com informações divulgadas pela Agência Brasil, o relatório mostra que, todos os anos, 2 bilhões de toneladas de resíduos são jogados em águas de todo o mundo e 10% da população mundial consomem alimentos cultivados com águas residuais para irrigação e adubação.

O estudo alerta que nas grandes cidades já há carência de gestão adequada das águas residuais em decorrência do envelhecimento do sistema, de falhas na infraestrutura ou de esgoto insuficiente. E, de acordo com o relatório, as populações urbanas deverão dobrar de tamanho nas próximas quatro décadas, passando dos atuais 3,4 bilhões para mais de 6 bilhões de pessoas. "É um desafio que vai aumentar, pois o mundo sofre rápida urbanização e industrialização", adverte o estudo.

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