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Basta o céu ficar um pouco mais carregado e começar a chover forte para deixar a dona-de-casa Doroti Maria de Souza, 65 anos, preocupada. "Eu morro de medo porque o telhado pode vir abaixo", afirma. A preocupação de Doroti não é de graça e tem ligação com um acidente que ocorreu há dois anos na Escola Estadual Enéas Marques dos Santos, próxima à residência dela, no bairro Capão da Imbuia, em Curitiba. "Tudo ficou destelhado e a escola até foi fechada. Tenho medo de que isso possa acontecer comigo", lembra a dona-de- casa.

A preocupação de Doroti deve durar pelo menos até o fim deste mês. Segundo o Instituto Tecnológico Simepar, janeiro será um período com muita chuva, principalmente em Curitiba, região metropolitana e litoral. Mas as chuvas que devem ocorrer, principalmente na Região Leste do estado, são classificadas como típicas de verão, segundo explicou o meteorologista Samuel Braun e ocorrem em áreas isoladas, de maneira intensa e principalmente nos fins de tarde, particularmente nos dias de altas temperaturas.

Segundo o supervisor da Coordenadoria de Defesa Civil Municipal, Renato Alves de Lima, as chuvas de verão não são as responsáveis pelas grandes enchentes. "Os alagamentos causados pelas chuvas de verão baixam logo após que elas cessam. As mais perigosas são as intensas e constantes", explica. Mas Lima ressalta que as pancadas dos fins de tarde neste primeiro mês de 2006 também trazem ventos fortes e até mesmo granizo, que podem causar principalmente destelhamentos e quedas de árvores.

O tenente Eduardo Gomes Pinheiro, chefe da Coordenadoria da Defesa Civil no Paraná, lembra que o maior risco de destelhamentos ocorre nas residências onde as telhas são feitas de barro e não há fixação. Já as telhas de cimento são mais suscetíveis ao granizo. O tenente ainda lembrou que muitos dos problemas causados pelas chuvas, principalmente os alagamentos, podem ser evitados com pequenas atitudes. "Um simples papel ou outro tipo de lixo jogado no chão da rua pode causar entupimentos nas galerias fluviais que servem para o escoamento da água", diz. A Defesa Civil monitora diariamente as condições climáticas em todos os municípios do estado.

- Em caso de emergência, ligue para a Defesa Civil no telefone 193.

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