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São Paulo (Folhapress) – Na segunda noite de desfiles do Grupo Especial do carnaval de São Paulo, quem animou a arquibancada foi a Águia de Ouro, que escolheu um tema árido, sobre a violência – inclusive sexual – contra crianças, mas conseguiu fazer uma apresentação descontraída. Embora sem o luxo das favoritas Vai-Vai, Império de Casa Verde e Mocidade Alegre – todas da primeira noite –, a escola pode surpreender. O samba era contagiante e acelerado, e houve alusões à história de Chapeuzinho Vermelho, tanto nos carros alegóricos como nas fantasias. Vestidos de Lobo Mau e Chapeuzinho e seguidos por uma Vovozinha, um dos casais de mestre-sala e porta-bandeira virou atração.

A escola de samba X-9 encerrou o segundo dia de desfiles. Ao contrário do dia anterior – quando a rainha da bateria da Mocidade Alegre se queimou e os integrantes da Gaviões da Fiel correram para encerrar o desfile – , não houve qualquer incidente no sambódromo entre a noite de sábado e a manhã de domingo.

A primeira apresentação da noite ficou por conta da Unidos do Peruche, que homenageou Santos Dumont, na primeira noite de desfiles, o samba-enredo da Gaviões da Fiel também falou sobre o aviador, ao comemorar o centenário do 14 Bis.

Em seguida, a Tom Maior ocupou o sambódromo para contar a história do Estado do Piauí. A apresentação dividiu seu foco entre aspectos científicos da região – como os fósseis de dinossauros – e também os musicais. O cantor Frank Aguiar foi o destaque no último carro da apresentação.

A Acadêmicos do Tucuruvi inovou no sambódromo com uma homenagem aos deficientes auditivos – os refrões do samba-enredo foram cantados pela comissão de frente na língua dos sinais.

Depois da Águia de Ouro, a Unidos de Vila Maria impressionou o público com seu carro abre-alas, com cerca de 100 metros de comprimento. A escola abordou em seu enredo os transportadores rodoviários, o excesso de pedágios e a má condição das estradas.

Um dos principais destaques da Leandro de Itaquera foi uma chuva de pétalas de rosas -elas caíram de um helicóptero que sobrevoou o Anhembi. Também chamaram a atenção os bonecos gigantes do prefeito José Serra, governador Geraldo Alckmin e Mário Covas, governador tucano morto em 2001.

O dia estava clareando quando a Mancha Verde ocupou o sambódromo com um panorama da intolerância ao longo da história da humanidade. Seu samba-enredo fez uma crítica ao imperialismo norte-americano e às ações do presidente George W. Bush.

A escola de samba X-9 Paulistana encerrou os desfiles. A escola optou por um tema ousado ao falar sobre o "X da Questão" em seu samba-enredo. Os 3.500 integrantes se dividiram em alas que tratavam da história do "X" na matemática.

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