O futebol é a maior paixão esportiva do brasileiro – inclusive dos presidiários, principalmente em ano de Copa do Mundo. Mas ninguém imagina que o dinheiro do crime organizado é usado para promover torneios de futebol nas penitenciárias, numa forma de abrir caminho para atuação os chefões das organizações.

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"O PCC usa o esporte para se aproximar dos presos. O Geléia montou o PCC Futebol Clube no presídio do Ahú", diz um agente penitenciário, que prefere não ser identificado.

Ele contou que José Márcio Felício, o Geléia, ex-líder do PCC (que hoje está preso em São Paulo), usava a sala do esporte do Ahú, para reunir o seu time de futebol. "Hoje, no Ahú, a maioria do pessoal do esporte é ligado ao PCC. Até o nome do time é PCC. É uma maneira de ter regalia e contato com a massa", diz o agente,

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Ele afirma ainda que os chefões da facção se aproveitam da publicidade dos jogos para projetarem sua imagem, exatamente como fazem alguns dirigentes de grandes clubes oficiais. Também organizam campeonatos e dão dinheiro como premiação aos times campeões.

Sem comentários

A Secretaria Estadual de Justiça e da Cidadania não confirma a informação de existência do time PCC. O coordenador do Departamento Penitenciário, coronel Honório Bortolini, foi procurado pela reportagem, mas preferiu não comentar o assunto, assim como as demais informações sobre o poder do crime organizado no interior das penitenciárias e nem as ameaças que o PCC está fazendo para os agentes do sistema.

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