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O ex-vice-presidente dos Estados Unidos, Al Gore, afirmou ontem que há uma "indústria" que busca negar o aquecimento global e seus efeitos, que vai contra o que dizem 98% dos cientistas especializados em clima no mundo e contra evidências óbvias das mudanças climáticas. Esse movimento de "negação" estaria sendo alimentado pela indústria de petróleo e por alguns veículos de imprensa, na opinião de Gore.

"Há uma indústria na negação. Algumas organizações e veículos de notícia nos Estados Unidos, como a Fox News, que dizem, constantemente: (o aquecimento global) 'não é real, não é real'", afirmou Gore.

Segundo ele, há cientistas que estão intencionalmente enganando o mundo para que seja possível obter mais recursos naturais. Na opinião dele, "pseudo-cientistas" estão sendo financiados para fazerem estudos falsos dizendo que o aquecimento global não é real.

"Os psicólogos chamam isso de negação. Se uma coisa é muito desagradável, é mais fácil negá-la. As empresas de petróleo estão se concentrando em criar dúvidas suficientes para desencadear essa negativa. E o resultado é que as pessoas dizem: 'vamos esperar'".

Para o ex-vice-presidente americano, não se deve esperar para que os efeitos da mudança climática piorem, assim como um paciente com problemas cardíacos não deve esperar algo pior acontecer para mudar sua dieta e sedentarismo.

"Os Estados Unidos estão muito vulneráveis à essa estratégia de negação artificial", afirmou Gore.

Gore disse temer efeitos mais sérios causados pelo aquecimento global caso providências relacionadas às mudanças climáticas não sejam tomadas. Em palestra no Global Agribusiness Forum, em São Paulo nesta quarta-feira (26), ele disse que espera que o agronegócio também tome medidas.

"Espero ver na agricultura um uso maior de energia renovável, como o uso de painéis fotovoltaicos em fazendas. Eu uso esses painéis para cercas elétricas", disse.

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