O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), descartou nesta sexta-feira (30) a necessidade imediata de rodízio de água no Estado. Alckmin se reuniu pela terceira vez com a presidente Dilma Rousseff desde o fim do ano passado para discutir a ajuda que o governo federal pode dar para enfrentar a crise hídrica.
"Não há nenhuma decisão tomada. Esse é um assunto que a Sabesp está avaliando tecnicamente e monitorando periodicamente", afirmou Alckmin após a reunião com Dilma.
Nesta quinta-feira (29), a Sabesp também havia informado que não há nenhuma decisão sobre a implantação de um rodízio na região da Grande São Paulo.
Alckmin destacou ainda que o governo estadual optou pela redução da pressão que evita o desperdício de água ao longo do sistema de distribuição. "Optamos pela válvula redutora de pressão porque com ela você não zera o sistema. Não zerando o sistema, diminui o risco de contaminação porque se mantém o sistema sob pressão. Isso é feito há décadas. Porque se diminui a pressão e evita perdas invisíveis", defendeu.
O ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil) acompanhou a reunião e reafirmou o compromisso do governo federal em dar apoio aos Estados do Sudeste para enfrentarem a grave crise hídrica. Ele, no entanto, destacou que a responsabilidade pelo abastecimento da população é dos Estados e não do governo federal.
"Estamos buscando todas parcerias possíveis que governo federal pode ajudar. A responsabilidade é do estado mas podemos construir parcerias republicanas não só para projetos estruturantes mas também medidas emergenciais para amenizar o cenário", afirmou.
Pelo lado do governo federal, participaram da reunião os ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil), Izabella Teixeira (Meio Ambiente) e Nelson Barbosa (Planejamento). Alckmin compareceu ao encontro acompanhado do presidente da Sabesp, Jerson Kelman, e do secretário de saneamento do Estado, Benedito Braga.
VOLUME MORTO
Alckmin afirmou que não pretende usar a terceira cota do volume morto do sistema Cantareira, o principal da Grande SP e próximo a um colapso completo.
Após reunião com a presidente Dilma e outros integrantes do governo federal, o tucano afirmou que o uso da terceira e última reserva técnica do reservatório só será usada em "extrema necessidade". O Cantareira atende hoje cerca de 6,2 milhões de pessoas.
O governador, no entanto, já havia falado o mesmo anteriormente sobre a segunda cota do volume morto, já em uso e que tem previsão para terminar no início de abril.
Alckmin também explicou pela primeira vez o projeto sobre interligação da represa Billings, na zona sul de São Paulo, com o sistema Alto Tietê, a leste da capital paulista.
Segundo o governador, uma adutora será construída ao lado de um gasoduto da Petrobras. A obra deverá levar água do rio Grande, um braço limpo da Billings, para o Alto Tietê, que tem maior capacidade de tratamento de água.
Os governos federal e paulista se reuniram nesta sexta-feira para discutir as obras para a interligar o Paraíba do Sul com o sistema Cantareira. A medida visa ajudar no combate à crise hídrica em São Paulo.
A obra, orçada em R$ 830,5 milhões, faz parte dos projetos para combater a falta de água em São Paulo apresentados à presidente em dezembro pelo governador paulista.
A previsão do governo de São Paulo é que a obra esteja concluída em setembro de 2016, aumentando a disponibilidade de água no Sistema Cantareira, que abastece a região metropolitana de São Paulo, em 5,1 metros cúbicos por segundo.
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