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Muriaé, MG – Em sua 14.ª visita a Minas Gerais na campanha, sempre acompanhado do governador Aécio Neves, o candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, levantou suspeitas sobre a ação da Polícia Federal no escândalo do dossiê dos sanguessugas. O tucano afirmou que, pelo valor que o documento seria negociado, deve haver outras informações que não foram divulgadas pela PF, dando a entender que elas poderiam prejudicar a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "É óbvio que devem ter muito mais coisas por trás do dossiê. É importante a sociedade saber do que se trata. Isso tudo é coisa de sanguessuga", afirmou o candidato.

Alckmin criticou ainda a postura da PF quando lembrou que só foram divulgadas até agora as imagens do candidato ao governo de São Paulo, José Serra (PSDB), ao lado de políticos envolvidos no esquema dos sanguessugas mas não as dos elementos relacionados ao crime em si. "Mostraram um dossiê que o próprio Vedoin disse que não tem nada contra mim e contra o Serra e não mostraram o fato criminoso, que é o dólar, e nem apresentaram os presos. Ninguém ainda sabe de onde vem o dinheiro. Por tudo isso pedimos ao TSE que acompanhe a investigação", disse.

Animado com a sua tendência de crescimento, segundo os institutos de pesquisa, Alckmin continuou associando o governo de Lula à corrupção. Lembrou casos de distribuição de dinheiro público a ONGs ligadas a petistas e afirmou que o governo coleciona "uma denúncia por semana". "É uma história pior que a outra. Isso corrói a credibilidade do presidente. Uma vez pode dizer que não sabia, mas não saber de nada... Que presidente é esse? Ele não sabe de nada o que ocorre nas suas barbas? Este é o governo da turminha de amigos do Lula."

Embora medisse mais as palavras, Aécio também criticou a presença de amigos do presidente em escândalos como a da compra do dossiê. "No momento de se montar um governo, deve-se buscar os melhores e não companheiros e padrinhos para dar no que está dando aí. É importante que haja no Planalto alguém que compreenda administração pública como oportunidade de tranformação da sociedade e não de transformação da vida dos amigos. Queremos um governo sem tanto descaso com as questões éticas."

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