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Brasília – O presidente da Câmara, deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP), já contabiliza o apoio de 17 governadores para sua candidatura à reeleição. Na manhã de ontem, ele recebeu o apoio do governador do Maranhão, Jackson Lago (PDT), que se soma aos demais 16 governadores que já declararam simpatia ao seu nome.

O apoio garante a Aldo vantagem na disputa à presidência da Câmara em relação ao petista Arlindo Chinaglia (SP), que teria o apoio até agora de somente quatro governadores do PT – enquanto Aldo tem ao seu lado governadores do PSDB, PFL, PMDB, PDT, PP e PSB.

A interlocutores, Aldo tem afirmado que os governadores têm grande influência sobre as bancadas estaduais, além de concederem à sua candidatura um aspecto nacional. O deputado não quer ser carimbado como um nome apenas da base aliada, mas como alternativa de consenso entre a maioria dos partidos com representação na Câmara.

Aldo reconhece ter o apoio dos governadores Roberto Requião (PMDB-PR), Yeda Crusius (PSDB- RS), Luiz Henrique da Silveira (PMDB-SC), José Serra (PSDB-SP), Sérgio Cabral (PMDB-RJ), Aécio Neves (PSDB-MG), Paulo Hartung (PMDB-ES), Eduardo Campos (PSB-PE), Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), Wilma de Faria (PSB-RN), Cid Gomes (PSB-CE), Eduardo Braga (PMDB-AM), Ottomar Pinto (PSDB-RR), Alcides Rodrigues (PP-GO), Teotônio Vilela (PSDB-AL) e José Roberto Arruda (PFL-DF).

Aldo ganhou de presente do prefeito do Rio de Janeiro, César Maia (PFL), uma escultura em bronze do "corneteiro de Pirajá", assinada pelo artista e cartunista Ique. O objeto ganhou lugar de destaque na sala do presidente da Câmara, já que o corneteiro se tornou uma espécie de símbolo de sua campanha.

Cobrado por setores do PT a desistir da candidatura, Aldo adotou o lema do corneteiro – que recomenda "avançar a cavalaria".

O corneteiro lutou nas tropas brasileiras contra o domínio de Portugal pouco depois da independência brasileira, em 1822, na chamada batalha de Pirajá disputada no Recôncavo Baiano.

Um oficial brasileiro teria ordenado ao corneteiro o toque de retirada das tropas diante da vantagem de Portugal em número de militares, mas o soldado teria entendido justamente o contrário e entoou o toque de avançar. Imaginando que as tropas brasileiras fossem maiores em número de soldados, os portugueses recuaram – o que configurou ao corneteiro a pecha de herói.

Aldo evita, no entanto, comparar sua candidatura à história do corneteiro. Os adversários do presidente da Câmara afirmam que ele escolheu um bom personagem já que, na prática, não deverá ter o apoio esperado – uma vez que a votação é secreta e os votos prometidos nem sempre se configuram verdadeiros nas urnas.

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