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Uma das maiores febres do mundo virtual no Brasil é o portal de relacionamentos Orkut. Milhares de usuários expõem suas vidas abertamente com fotos, comunidades afins e descrições pessoais. O que os internautas não sabem é que essas informações podem ser utilizadas por quadrilhas de seqüestradores ao escolher suas vítimas. "Não se deve colocar na internet informações que você não colocaria na porta de sua casa", alerta o delegado Demetrius Gonzaga de Oliveira, titular do Núcleo de Combate aos Cibercrimes.

Para o delegado-chefe do grupo Tigre anti-seqüestro, Riad Farhat, é na prisão que o interesse virtual é despertado em bandidos comuns. "Há o contato do marginal acostumado a pegar em armas com o criminoso cibernético. Eles trocam experiências e know how. O convívio desses dois tipos de bandidos tem tornado as quadrilhas de seqüestradores mais sofisticadas", avalia. "Nunca se sabe como uma quadrilha chega à vítima. Está bem claro que os seqüestradores dominam cada vez mais a internet", afirma. "Tudo o que você divulga pode aumentar as suas chances de ser alvo", conclui.

Além disso, o portal é a origem de vários registros de calúnia, injúria e difamação virtuais. O delegado Oliveira relata que, na última semana, uma estudante teve sua conta do Orkut invadida. Fotos e informações do perfil foram alteradas e sua senha foi bloqueada. "Temos que coletar resquícios que sobraram no ato do crime", explica o delegado. No entanto, segundo Oliveira, a investigação pode demorar mais de um ano porque o Orkut não tem representatividade jurídica no Brasil. "Nosso pedido tem que passar pela corte americana. Até lá, corremos risco de perder provas." (JO)

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