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Alexandre de Moraes atua como se fosse dono do país, diz PCO em nota
Após fazer críticas a Moraes, PCO foi incluído no “Inquérito das Fake News”. O ministro também ordenou bloqueio das redes sociais do partido| Foto: Reprodução

Logo após decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre Moraes, nesta quinta-feira (2), de incluir o Partido da Causa Operária (PCO) no chamado “inquérito das fake news”, que investiga supostos crimes cometidos contra integrantes da Corte, e de ordenar o bloqueio de todas as redes sociais da legenda, o partido lançou uma nota na qual afirma que o STF tornou-se um tribunal de exceção que opera uma cruzada contra os direitos democráticos e que Moraes atua como se fosse dono do país.

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Na nota, o PCO cita que incluir um partido político dentro de um inquérito por discordar das ações do tribunal é um golpe contra o regime democrático. O partido também cita que há risco de que Moraes, que assumirá a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em agosto, interfira nas eleições deste ano ao restringir a liberdade de expressão.

“Alexandre de Moraes declarou que iria cassar candidatos que incorrerem no ‘crime’ de divulgar notícias que ele julgue como falsas, assim como já cassou parlamentares por esse mesmo motivo. Nós apontamos o óbvio abuso de poder e que não é legítimo cassar o mandato de parlamentares por falar”, diz trecho da nota.

“No caso dos candidatos, trata-se de uma interferência aberta no processo eleitoral, uma tentativa de manipular e definir as eleições passando por cima da vontade popular. Falar, denunciar e se opor ao abuso de poder não é atentar contra a democracia, é a alma do Estado Democrático de Direito”, prossegue o texto.

Sem apoio da esquerda

Até o momento, o “canhão” de Moraes estava direcionado apenas a representantes da direita, com vários destes figurando como investigados nos inquéritos sigilosos conduzidos pelo ministro. Com o acréscimo do PCO, partido de esquerda, no Inquérito 4.781, a sigla convocou seus seguidores a repudiar o que chamou de ataque “às liberdades democráticas, à esquerda e ao movimento operário”.

Mesmo assim, até o momento nenhum partido ou figura pública de influência da esquerda declarou apoio à legenda. Apesar de se declarar “verdadeiramente revolucionário e comunista”, de ser crítico ferrenho de Jair Bolsonaro e apoiador da pré-campanha de Lula (PT) à presidência da República, o partido não goza de grande simpatia entre a esquerda.

Um dos motivos são as críticas abertas que o partido costuma fazer a condutas de movimentos identitários, como o feminismo e o movimento LGBT. A sigla também é contrária ao desarmamento da população; crítica da "demagogia ecológica", que serviria para barrar o desenvolvimento do país) e favorável ao voto impresso.

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