Alívio momentâneo na fronteira

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Foz do Iguaçu – O atraso na inauguração da nova aduana da Receita Federal (RF) na fronteira de Foz do Iguaçu com Ciudad del Este, no Paraguai, está trazendo alívio momentâneo aos trabalhadores que dependem da atividade informal do comércio paraguaio para sobreviver.

As freqüentes alterações nas datas de início da fiscalização acabaram tornando-se rotina nos últimos meses, adiando a implantação do novo modelo de combate ao contrabando na região dos dois países praticamente às vésperas do período de compras para o Natal.

Prevista inicialmente para ser inaugurada em maio deste ano, a aduana sofreu atraso nas obras em razão de ajustes no projeto original. O último prazo anunciado pela RF para o início dos trabalhos, setembro, também não foi cumprido. Segundo o delegado da RF, José Carlos de Araújo, ainda não há data definida para a estrutura começar a ser usada. Ele não quer anunciar datas para não correr o risco de ser novamente desmentido pelos fatos, mas garante que o entreposto fiscal entrará em atividade ainda neste ano.

A RF descarta a possibilidade da alfândega não ter entrado em funcionamento em setembro por ser um período pré-eleitoral, o que poderia afetar a popularidade do presidente Lula, conforme especulações que chegaram a ser feitas. Segundo Araújo, a obra ainda não foi inaugurada exclusivamente porque a estrutura não ficou pronta a tempo, devido a dificuldades orçamentárias, problemas anteriores detectados na fundação e ajustes no projeto. "Isso é mais uma lenda criada para denegrir a imagem do órgão e impor um caráter político. A RF não recebeu a obra, e portanto não pode equipar a aduana para ela poder funcionar."

A construtora responsável diz que os operários estão fazendo retoques finais na pintura, concluindo a lavagem do piso e instalando portões. Quando a obra for entregue, começarão a ser colocados computadores e móveis, e depois ainda precisará ser feito o treinamento dos funcionários.