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O tamanho das panelas já dá uma noção da quantidade de pessoas esperadas para o almoço. O arroz, o feijão, as verduras, a polenta: tudo vai sendo preparado em quantidades industriais. As mulheres que mexem as colheres tiveram uma certa dificuldade no começo para lidar com toda essa comida. Mas acabaram se acostumando.

Elas suam de graça na frente dos fogões, mas não reclamam. São voluntárias no projeto antes de mais nada porque são os seus filhos os principais beneficiados. "As mães das crianças é que fazem todo o trabalho voluntário", explica Rosali Santos, a Rose, coordenadora do Fome Zero em São José dos Pinhais. Ela é a responsável pela organização das quatro cozinhas comunitárias que funcionam no município. Todas trabalham exclusivamente com alimentos do Compra Direta – e a maioria da comida vem de hortas e roçados da região.

As mulheres que têm condições se comprometem a aparecer para cozinhar uma vez por semana. Outras mulheres fazem a limpeza das cozinhas e lavam a louça. "Hoje, temos 1,2 mil crianças almoçando diariamente", diz Rose, enquanto vistoria o trabalho na cozinha São Francisco.

A cozinha é uma das quatro sobreviventes do projeto. "Já tivemos oito e atendíamos 1,5 mil crianças", conta ela. O que aconteceu é que as famílias cadastradas para receber o almoço foram encaminhadas também para projetos de geração de renda. No bairro do Guatupê, por exemplo, mães formaram uma padaria comunitária e, com dinheiro, abriram mão dos almoços grátis.

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