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Escola Lincoln Setembrino Coimbra: vidros quebrados e falta de segurança. | Daniel Derevecki/Gazeta do Povo
Escola Lincoln Setembrino Coimbra: vidros quebrados e falta de segurança.| Foto: Daniel Derevecki/Gazeta do Povo

30% da frota volta às ruas na capital

Com a volta às aulas, a estimativa é que 30% da frota curitibana voltou a circular pelas ruas, principalmente em horários de entrada e saída. Desde o dia 3, a Urbs, empresa municipal que gerencia o trânsito na capital, promove a Operação Escola, que orienta os motoristas em 18 pontos diferentes da cidade.

De acordo com a coordenadora da Unidade de Educação e Mobilização da Urbs, Maura Moro, as abordagens são feitas em ruas de grande fluxo, não necessariamente em frente das escolas. A ideia é passar informações sobre segurança no trânsito, tais como cuidados com os pedestres e com a acomodação das crianças dentro do carro.

A blitz prossegue até o dia 5 de março. Depois, agentes de trânsito e da Guarda Municipal continuam prestando as orientações em frente das escolas nos horários de movimento intenso.

FNDE prepara banco de dados

A partir de março, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) implantará nas escolas um sistema para levantar os problemas de infraestrutura nas escolas de educação básica do país. A ideia é juntar as informações em um banco de dados para melhorar a gestão escolar e indicar onde os recursos enviados pelo governo federal devem ser investidos. Gestores de educação dos estados e municípios serão treinados para coletar os dados e preencher os formulários, que serão encaminhados ao Ministério da Educação.

O estado de conservação da escola chocou alunos que iniciaram ontem o ano letivo, em Araucária, região metropolitana de Curitiba. Vidros quebrados e mato ao redor fazem parte do cenário encontrado na volta às aulas pelos cerca de 700 estudantes da Escola Estadual Lincoln Setembrino Coimbra.

A escola está sem segurança e sem caseiro, o que facilita o vandalismo à noite e nos fins de semana. As vidraças, que foram trocadas no fim do ano passado, estão todas quebradas novamente e metade das carteiras está danificada.

A escola tem sete salas de aula, das quais quatro ficam no primeiro andar. Nelas, os professores não podem utilizar os televisores como recurso pedagógico, pois, como não há segurança nem vidros nas janelas, os aparelhos poderiam ser roubados fora do horário de aula. "Essas salas também estão sem cortinas e são precárias, de madeira", explica a vice-diretora, Lindamir Dal’Cortiv. "O mato está alto e não temos segurança."

A diretora, Claudinéia Sanches Barbosa, diz que solicitou um guarda para a Secretaria Estadual da Educação no fim do ano passado, mas ainda não obteve resposta. "Estamos em terreno cedido pela prefeitura, mas a escola é mantida pelo estado", diz. "Quando pedimos alguma coisa, um joga para o outro e ninguém resolve nada."

A Secretaria da Educação de Araucária informa que apenas cedeu o terreno e que a escola é de inteira responsabilidade do governo do estado. Já a superintendente educacional da Secretaria da Educação do Paraná, Alayde Digiovanni, explica que, como o terreno pertence à prefeitura, as reformas só podem ser feitas com autorização.

"Trata-se de um local de risco, é um problema pontual", argumenta. "Vamos abrir licitação para construir uma casa e colocar um permissionário cuidando lá. Só que não é um processo rápido, pode ir de dois a seis meses."

Mariângela Volter, mãe de um aluno de 12 anos que cursa a sexta série, conta que seu filho ficou muito frustrado quando chegou à escola. "Foi horrível, levamos um susto", conta. "Meu filho me disse que perdeu a vontade de ir para a aula. A gente compra uniforme, material, ensina higiene e a não cometer vandalismo, mas chega ao local de estudo e está tudo depredado, estragado."

A vice-diretora diz que outro problema é a falta de espaço. Segundo ela, existe demanda para mais duas salas de aula. "Enquanto não se resolvem os problemas, os professores se viram como podem", diz.

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