Desde a noite da última quarta-feira (16), alunos do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) ocupam o 3° andar do bloco A do campus Ecoville da instituição, no bairro Campo Comprido, em Curitiba. Na tarde desta quinta-feira (17), cerca de 60 estudantes participavam do ato.
As principais reivindicações envolvem uma sala que teria sido cedida anteriormente para o uso dos alunos e retomada pela instituição e o pedido pela criação de um departamento próprio para o curso de Arquitetura e Urbanismo, atualmente integrante do Departamento Acadêmico de Construção Civil (Dacoc).
Sobre o espaço cedido, segundo uma aluna que integra o movimento estudantil que realiza ocupação e não quis ter seu nome revelado, no final de 2015, acadêmicos foram chamados para uma reunião com a administração do campus e informados que precisariam desocupar o local até o dia 29 de fevereiro deste ano. No dia 15 do mesmo mês, porém, a própria universidade realizou a desocupação da sala e retirou do espaço móveis e objetos que pertenciam aos alunos, sem prestar esclarecimentos.
Com relação à criação de um departamento próprio para o curso de Arquitetura e Urbanismo, os alunos afirmam que se sentem preteridos nas decisões tomadas pelo Dacoc, que, na visão deles, buscaria beneficiar apenas os cursos de engenharia.
Outro lado
Procurado pela Gazeta do Povo, o diretor-geral dos campi de Curitiba da UTFPR, Cezar Augusto Romano, relatou que participou de uma reunião com os estudantes na sede Ecoville no início da tarde desta quinta (17) e recebeu uma carta que contemplava as reivindicações, mas que nem todas são possíveis de atender.
Romano afirmou que o espaço retomado pela universidade se tratava de uma sala muito pequena, onde não poderia ser instalado um centro de convivência adequado. De acordo com o diretor, foi sugerido aos estudantes que apresentassem a proposta de criação de um espaço que pudesse ser aproveitado por todos os alunos do campus, e não somente pelos do curso de Arquitetura.
No tocante à criação de um departamento próprio para o curso, Romano alegou que o pedido está fora de questão, pois é praxe que as universidades trabalhem com departamentos divididos por área. Para ele, a reivindicação seria reflexo de um “eterno desconforto entre engenheiros e arquitetos” e que, em sua opinião, muitas vezes é incentivado pelos próprios professores do curso.
Colaborou: Mariana Balan.
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