• Carregando...
Após protesto, alunos foram recebidos  no Núcleo Regional de Educação em Curitiba. | Felipe Vanini/Gazeta do Povo
Após protesto, alunos foram recebidos no Núcleo Regional de Educação em Curitiba.| Foto: Felipe Vanini/Gazeta do Povo

Pouco mais de um mês após o término da longa greve dos professores da rede estadual do Paraná, um grupo de estudantes das escolas estaduais Bento Munhoz da Rocha e Prieto Martinez, de Curitiba, fez uma caminhada na manhã desta sexta-feira (10) para cobrar melhorias na infraestrutura e na alimentação das unidades.

Depois de terem sido barrados na porta de entrada do Palácio Iguaçu, por volta das 9 horas, os estudantes se dirigiram até a sede da Paraná Previdência, onde foram recebidos por Deuzita Cardoso da Silva, chefe do Núcleo Regional de Educação de Curitiba, ligado ao governo estadual. Ao fim do encontro, Deuzita se comprometeu a visitar as escolas na próxima semana e verificar as questões apontadas.

Grupo protesta e sai em caminhada pelo Centro Cívico

Estudantes tentam conversar com governador Beto Richa sobre problemas em suas escolas e são barrados na porta do Palácio Iguaçu.

+ VÍDEOS

De acordo com Camila Santana, estudante do terceiro ano da escola Prieto Martinez, funcionários da instituição estão sendo remanejados para outros locais, o que está prejudicando a qualidade do ensino. “Estamos sem biblioteca porque a funcionária que cuidava da área saiu da escola, e também tivemos a saída de mais uma pessoa da área administrativa e outra do refeitório”, contou.

A diretora do Colégio Estadual Prieto Martinez, Alzimeire Figueiredo, disse ter sido comunicada da intenção dos estudantes de realizar a caminhada já na semana passada e teria conversado com eles para dissuadi-los. “Não apoiamos de jeito algum que menores de idade saiam pela cidade desacompanhados”, afirmou. Para ela, o estopim teria sido a saída de uma merendeira. Contudo, os estudantes apontaram que esse não foi o único problema.

O estudante Eduardo Oliveira, do Colégio Estadual Bento Munhoz da Rocha, disse que alimentos estragados foram servidos pela escola. “Além de não ter lanche para todo mundo, muitas vezes a comida está simplesmente podre.”

Além disso, Oliveira apontou que a infraestrutura do local está comprometida. “Os tacos do piso estão soltos em várias salas e quando chove a água está se acumulando no chão por causa dos buracos no teto.”

A chefe do Núcleo Regional de Educação de Curitiba rebateu a acusação de que alimentos estragados estão sendo servidos nas escolas. “Isso não procede, pois há um rigoroso controle dos produtos”, afirmou Deuzita. Quanto às acusações de falta de manutenção, ela disse que iria verificar a administração das escolas. “Precisamos ver como estão aplicando os recursos e sanar a gestão.”

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]