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Sting: sem dom para as rimas | Arquivo Gazeta do Povo
Sting: sem dom para as rimas| Foto: Arquivo Gazeta do Povo

Durante seis meses, em uma sala de aula do Colégio Estadual Senador Alencar Guimarães, em Curitiba, foi possível encontrar 30 adolescentes cortando, lixando e colando bambus. Aula de artes? Não. Era a linha de produção da Bamboo Art, uma empresa criada por eles dentro do projeto Miniempresa.

No estado, 29 escolas públicas e particulares de Curitiba, seis de Londrina e cinco de Ponta Grossa recebem o programa, que tem a participação de cerca de mil alunos. O desafio do projeto, que se encerra na próxima semana, é colocar os estudantes do ensino médio para administrar uma empresa, da concepção da idéia à produção.

A responsável pela iniciativa é a Junior Achievement, uma Organização Social Civil de Interesse Público (Oscip). "O objetivo é estimular o empreendedorismo do jovem durante o período escolar", afirma a diretora executiva da Junior Achievement Paraná, Malu Rogers de Castilho.

Participação

Por ter boas notas, o estudante Carlos Eduardo Santos, 16 anos, foi selecionado para participar do Miniempresa, que ele só descobriu na prática como funcionava. "Deixou de ser brincadeira no momento em que foi escolhido o nome da empresa e o produto. Me esforço aqui tanto quanto no serviço e na escola", afirma.

Cada miniempresa desenvolve um tipo de produto. A Bamboo Art optou por objetos de bambu, como porta-guardanapo, porta-treco e sino-dos-ventos. Acompanhar a produção até o resultado final é o que estimula a aluna Izadora Fernandes da Costa Alves, 16 anos. "Não tenho interesse pela área empresarial, mas gosto de estar aqui pela experiência de ver que, quando você acredita em algo e se determina para que aconteça, dá certo."

A experiência também foi inédita para a administradora de empresas Ana Cláudia Bittar, uma das 140 pessoas voluntárias do projeto no estado. Ela notou que a iniciativa deu experiência de vida e espírito de liderança aos adolescentes. "Eles se empenham muito para vir porque estudam e trabalham."

A diretora-auxiliar do colégio Senador Alencar Guimarães, Regina Carvalho Teixeira Santos, apóia o programa. "Os alunos que estão trabalhando com o projeto aprendem a ser mais independentes e decididos." Na escola particular, a visão é a mesma. "Os alunos percebem que as coisas não são fáceis, pois, pela condição de vida deles, geralmente têm o que pedem", opina a assistente psicopedagógica do Colégio Marista Paranaense, Roseana Reque Galastri.

As miniempresas já encerraram a produção e estão na fase de balanço para pagar os dividendos aos acionistas que investiram no início do projeto. Os impostos recolhidos serão destinados a uma instituição de caridade. Nenhum lucro irá ficar com os participantes. O programa é financiado por instituições mantenedoras e apoiadoras, como o Instituto RPC.

Serviço: Mais informações em www.japr.org.br

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