Com a demora na contratação de novos fornecedores para a merenda escolar da rede municipal de Londrina, algumas escolas já sofrem com o desabastecimento de itens como verduras, legumes, carne e leite. A previsão inicial era de que os contratos fossem assinados no dia 30 de março, mas só ontem a prefeitura começou a homologar a licitação. Como são 22 empresas disputando 32 lotes que totalizam 170 produtos alimentícios, a homologação deve levar cerca de três dias. Só depois disso, os alunos vão voltar a receber a merenda completa.
Enquanto a prefeitura não assina contrato com novos fornecedores, as escolas vão mantendo a merenda com o que ainda possuem nas despensas. Algumas refeições são compostas apenas por arroz e feijão. "Houve um planejamento e os estoques deveriam durar até final de março. Em algumas escolas, alguns itens acabaram antes", afirma a presidente do Conselho Municipal de Alimentação Escolar, Adreliane Godoy Maistrovicz. Para ela, uma das causas pode ser o aumento do número de alunos.
Segundo Adreliane, alguns diretores reclamaram no início da semana da falta de carne e de hortifrutigranjeiros. "Os hortifruti são fornecidos pela agricultura familiar e essa falta é por problema na distribuição. Em algumas regiões da cidade, os produtos não chegam a tempo da merenda."
Na semana passada, diretores de algumas creches filantrópicas conveniadas ao município precisaram improvisar para não deixar faltar merenda para as crianças. "Vamos recorrer ao Ceasa [Central de Abastecimento] para conseguir frutas e legumes", contou uma diretora de um Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI), sem se identificar.
Esta não é a primeira vez que faltam itens na merenda escolar durante a gestão de Barbosa Neto (PDT). No início do ano passado, várias escolas tiveram o fornecimento de carne, leite e ovos interrompido. Recentemente, o prefeito cobrou criatividade dos diretores das escolas para entregar uma boa merenda com o que existe em estoque.
O atraso não tem relação com a ação denunciada pelo Ministério Público do Paraná de um cartel de empresas fornecedoras de merenda na cidade. O grupo atua em praticamente todo o Brasil e é alvo de investigações por fraude de concorrências, superfaturamento de contratos e suborno de agentes públicos. A organização prestou serviços à prefeitura de Londrina durante três anos, na administração de Nedson Micheletti.
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