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Protesto pacífico na entrada do Parque Nacional do Iguaçu: pelo maior controle do tráfego de veículos | Christian Rizzi/Gazeta do Povo
Protesto pacífico na entrada do Parque Nacional do Iguaçu: pelo maior controle do tráfego de veículos| Foto: Christian Rizzi/Gazeta do Povo

FOZ DO IGUAÇU - Dezenas de ambientalistas ligados à Associação de Desenvolvimento de Esportes Radicais e Ecologia (Adere) de Foz do Iguaçu protestaram ontem em frente do portão antigo do Parque Nacional do Iguaçu. Durante a manifestação pacífica, que durou cerca de uma hora, o grupo cobrou da administração da unidade maior controle do tráfego no interior da reserva. O ato teve como estopim o atropelamento e morte de uma onça-pintada na madrugada do último sábado, na rodovia de acesso às Cataratas do Iguaçu. A Polícia Federal, que investiga o caso, ainda não tem pistas do responsável pelo crime, com pena prevista de multa de R$ 5 mil e até dois anos de prisão.

Segundo o presidente da Adere, Márcio Maciel, é preciso que sejam apresentadas soluções para o problema e que seja tratada com seriedade a necessidade de se fazer cumprir as medidas de preservação ambiental expressas no Plano de Manejo. "Não se pode fechar o parque, mas o controle sobre os carros que circulam pela unidade deve ser mais rigoroso, tanto quanto à velocidade como aos horários", afirmou. Entre as sugestões está a instalação de radares em pontos estratégicos da rodovia e a fiscalização tanto na entrada como também na saída da unidade.

Apesar das restrições, transitam pelo parque todos os dias aproximadamente 200 veículos de turismo, de funcionários do Hotel das Cataratas, das concessionárias e do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade. Por conta do acidente, a direção da unidade havia proibido a entrada de táxis e vans que trabalham no transporte de turistas até o hotel e às cataratas. A pressão da categoria, no entanto, fez com que a medida restritiva fosse suspensa parcialmente depois de cinco dias. Permanece proibida ainda a circulação à noite. O diretor de Unidades de Conservação do Instituto Chico Mendes, Ricardo Soavinski, lembra que é justamente no período noturno que o risco de atropelamentos aumenta. O transporte dos hóspedes passará a ser feito pelo próprio hotel.

Em reunião na quarta-feira, o Conselho Municipal de Turismo se comprometeu em apresentar, dentro de 30 dias, uma proposta de redução do tráfego dentro da unidade. Representantes do setor definiram que o Conselho Municipal de Turismo terá prazo de 30 dias para elaborar um plano de contenção do tráfego na unidade.

Para o casal de turistas mineiros Júlio e Adriana Andrade, a preservação de reservas como o Parque Nacional do Iguaçu deve estar em primeiro lugar. "Nada mais justo que os que vêm até aqui para admirar a natureza respeitem as normas", diz Adriana, que é advogada.

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