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Rumores de que um homem atacaria escolas de Jardim (MS), cidade a 240 quilômetros de Campo Grande, fizeram com que poucos alunos fossem à aula nesta segunda-feira (23). Tanto a Polícia Militar como a Polícia Civil receberam denúncias anônimas informando sobre as ameaças.

Segundo a secretaria municipal de educação, portões das escolas públicas ficaram fechados durante o horário de aula e policiais militares reforçaram a segurança em frente aos prédios.

A diretora de uma escola, que não revelou o nome por medo de ser identificada pelo suspeito, estima que metade dos 280 estudantes se ausentaram ou foram dispensados por causa dos rumores. "Está todo mundo apavoradíssimo. O assunto corre de boca em boca, e teve pais que não deixaram as crianças saírem de casa", relata.

Um morador relatou ao setor de inteligência da Polícia Militar que ouviu o suspeito dizer que "há uma voz na sua cabeça dizendo que é para ele matar crianças e beber o sangue".

O suspeito de 28 anos sofre de problemas mentais e cumpriu parte da pena por tentativa de homicídio praticada em 2009, mas recebeu alvará de soltura em maio deste ano por falta de vagas em presídios com condições de receber pacientes psiquiátricos. Atualmente mora com a mãe em um assentamento a 30 quilômetros da sede do município.

A rotina escola da cidade de 24 mil habitantes na região Sudoeste de Mato Grosso do Sul mudou radicalmente após as suspeitas. Carmem Gomes Lescana, que cuida de um casal de netos com 5 e 7 anos, coletou assinaturas de 48 pais e responsáveis por crianças que estudam na Escola Municipal Rufina Loureiro Caldas. O pedido é por mais segurança. "Hoje eu levei e busquei as crianças no portão. Vários pais ficaram em frente à escola durante o dia para cuidar alguma movimentação estranha", diz Carmem.

A secretária de educação Suzana Lima de Medeiros confirmou que vários outros diretores de escola da cidade procuraram auxílio para reforçar a segurança em frente aos prédios. "Meu telefone não parou de tocar por causa disso. Dei uma passada geral em cada escola e vi que tinha sempre um policial em frente", disse.

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