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As novas ameaças de tumulto na fronteira, motivadas pelo aperto na fiscalização no la-do brasileiro, não intimidam a Receita Federal (RF). Segundo o assessor de comunicação do órgão, Robson Perini, as apreensões de táxis não pararam após a primeira série de protestos na Ponte da Amizade em março, apesar de ter havido diálogo entre os governos brasileiro e paraguaio.

Segundo ele, o que ocorreu entre os meses de abril e maio foi um direcionamento no trabalho, que passou a ser mais focado em outras áreas da cidade. "Foram feitas vistorias em transportadoras, correios e fiscalizações em outros pontos", diz. Os fiscais também mantiveram um trabalho de fiscalização intenso no Posto Bom Jesus, em Medianeira, onde grande quantidade de drogas e mercadorias foi apreendida.

Segundo Perini, na semana passada a fiscalização voltou a ser direcionada com mais rigor à área da Ponte da Amizade, o que acabou resultando num maior número de táxis apreendidos e na reação dos motoristas paraguaios.

A possibilidade de os protestos voltarem desestimula os comerciantes que já vêm sentindo a retração nas vendas em razão da queda do número de sacoleiros. Ontem, apesar de a Ponte da Amizade não ter sido fechada, o movimento na fronteira foi atingido em cheio, caindo pelo menos 80%.

Poucas pessoas arriscaram ir ao Paraguai com medo de não poder voltar ao Brasil. Taxistas brasileiros recusaram-se a fazer corrida para passageiros até Ciudad del Este e funcionários de lojas temiam ir ao trabalho com receio da fiscalização. "As lojas estão vazias", afirmou o recepcionista Cristian de Oliveira, que mora em Foz do Iguaçu. Ele faz parte do pequeno número de pessoas que se arriscou a cruzar a fronteira para fazer compras. (DP)

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