• Carregando...

Rio de Janeiro – Um romance pela internet levou à morte no Brasil do músico americano Raymond James Mierrel. Ele foi assassinado, queimado e enterrado como indigente em São José dos Campos, São Paulo. O caso foi esclarecido pela Polícia Civil após seis meses de investigações. Ontem a Justiça emitiu a ordem de prisão de Regina Filomena Rachid, a namorada brasileira de Mierrel, e seus dois cúmplices, identificados como Evandro Celso Ribeiro e Nelson de Siqueira Neves.

Mierrel chegou ao Brasil em março para visitar Regina. Segundo a Polícia, os dois se conheceram por meio de um site e mantinham um relacionamento alimentado por duas visitas anteriores. Durante sete dias, o músico permaneceu dopado na casa de sua namorada, que conseguiu as senhas de seus cartões bancários. Após a confirmação dos dados, Regina e seus cúmplices enforcaram o americano com um cabo. Os três brasileiros retiraram US$ 50 mil das contas do americano. Para despistar as autoridades, no dia 2 de abril Regina alugou um automóvel, no qual o trio colocou o corpo de Mierrel sentado no banco traseiro, preso com o cinto de segurança. Depois, o carro foi jogado em um terreno baldio de uma estrada do interior de São Paulo e incendiado.

Os pais de Mierrel, que aguardavam sua volta em 4 de abril, levaram o caso ao FBI (polícia federal americana), que estabeleceu os primeiros contatos com as autoridades brasileiras. Regina foi detida em junho, quando tentava roubar um empresário em um shopping de São José dos Campos. Em seu poder tinha um cartão bancário do americano.

Evandro foi preso em 23 de setembro e confessou ter recebido o equivalente a US$ 5.500 para sumir com o corpo de Mierrel. Nelson se entregou segunda-feira em São José dos Campos, mas foi liberado porque a lei brasileira estabelece que ninguém pode ser preso até 48 horas depois das eleições, a menos que seja surpreendido em flagrante. A Polícia disse que pedirá hoje a prisão preventiva dele. Um corpo que tinha sido enterrado como de um indigente foi exumado na semana passada. A família de Mierrel enviou documentos para facilitar a identificação do corpo por meio de exames de DNA.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]