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Brasil tem 3,5 milhões de doadores, mas precisa de 5,7 milhões | Hedeson Alves/Gazeta do Povo
Brasil tem 3,5 milhões de doadores, mas precisa de 5,7 milhões| Foto: Hedeson Alves/Gazeta do Povo

Como funciona

Atualmente, somente pessoas entre 18 e 65 anos podem doar sangue.

Condições

- Estar em boas condições de saúde.

- Pesar no mínimo 50 kg.

- Estar descansado e alimentado (alimentação gordurosa deve ser evitada nas 4 horas que antecedem a doação).

- Apresentar documento com foto (Carteira de Identidade, Carteira do Conselho Profissional, Carteira de Trabalho ou Passaporte).

Mulheres

- Podem doar até três vezes por ano, com intervalos de três meses.

Homens

- Podem doar até quatro vezes por ano, com intervalos de dois meses.

Serviço:

O Hemepar fica na Travessa João Prosdócimo, 145, no bairro Alto da XV. A coleta de sangue é feita das 7h30 às 18h30, de segunda a sexta-feira, e das 8 às 18 horas aos sábados. Fone: 0800-645 4555.

A ampliação das faixas etárias para doadores de sangue, em estudo pelo Ministério da Saúde, é bem vinda, mas não deve ter grande impacto no número de doações. É o que avaliam diretores de bancos de sangue do Paraná. Desde o dia 2 deste mês está em consulta pública uma proposta que permitirá que jovens de 16 e 17 anos e pessoas entre 65 e 68 anos também possam ser doadores. Atualmente, somente quem tem idade entre 18 e 65 anos está autorizado a doar. A cada ano são coletadas, em média, 3,5 milhões de bolsas de sangue em todo o país. O índice brasileiro de doadores é de aproximadamente 1,8% da população. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), para manter os estoques regulares é necessário que 1% a 3% da população faça isso regularmente. O ideal seria que, por ano, o Brasil conseguisse coletar cerca de 5,7 milhões de bolsas de sangue.

Em países europeus e nos Esta­dos Unidos, jovens de 16 e 17 anos e pessoas com mais de 65 já são au­­torizados a doar sangue. A faixa etária apta a doar é definida com base em evidências científicas comprovadas por estudos internacionais. Segundo o Ministério da Saúde, a inclusão dessas pessoas en­tre as aptas para doação representaria um universo de 13,9 mi­­lhões de novos potenciais doadores.

Apesar disso, a diretora-geral do Hemepar, Suzana Mercer, acredita que a medida não deve ter um impacto tão significativo na quantidade de bolsas armazenadas. "A medida vai proporcionar que mais pessoas estejam aptas a doar sangue, mas não acho que vá aumentar tanto o número de doações", afirma. Ela avalia que o fato de os jovens precisarem de autorização dos pais para doar poderá ser um fator dificultante. Em Curitiba o Hemepar tem uma média diária de aproximadamente 150 doadores. Nas 24 unidades espalhadas pelo estado são coletadas cerca de 13 mil bolsas por mês. Mesmo assim, o banco só consegue atender a 67% dos leitos do Sistema Único de Saúde (SUS).

Para o diretor médico do Hemo­banco, Giorgio Baldanzi, o mais difí­­cil é mudar a cultura da população. "Muitos doadores só vão ao banco de sangue para reposição", diz. Segundo ele, os idosos representam uma pequena parte das doações, cerca de 5%. Já os jovens representam uma parcela importante, cerca de 30%. "Mas a maior parte das coletas em jovens é feita em universidades ou no serviço militar, eles não costumam vir es­pontaneamente ao banco", revela. O Hemobanco atende a 11 grandes hospitais de Curitiba e região metropolinana e tem uma média mensal de 2,5 mil doações. "Preci­saríamos de pelo menos 3 mil", diz Baldanzi.

Publicada no Diário Oficial da União, a Política de Procedimentos Homoterápicos ficará em consulta pública durante 60 dias, até o dia 2 de agosto, e pode ser acessada no site www.saude.gov.br/consultapublica

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