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Brasília – A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) começa hoje uma auditoria na TAM para investigar o excesso de cancelamentos de vôos e os atrasos que atormentaram a vida dos passageiros em todo o país nos dias que antecederam ao feriado de Natal. Se ficar comprovado que vendeu passagem além do número de vagas nos aviões (overbooking) a empresa será punida, ato que favorecerá as ações individuais de passageiros prejudicados.

Os técnicos da Anac chegam hoje a São Paulo, sede de quase todas as companhias aéreas, para passar também um pente-fino nos sistemas de reservas e vendas de passagem de todas elas, a fim de evitar a repetição do caos dos últimos dias no feriado do ano-novo. Uma equipe menor vai para o Rio fiscalizar a central de vendas da Varig. Há indícios de que algumas companhias, sobretudo a TAM, venderam passagens em excesso também para o réveillon, que deverá registrar movimento aéreo ainda maior do que no Natal.

Entre as evidências contra a companhia, em poder da Anac consta um vídeo, feito por um dos passageiros, num avião com 25 passageiros a mais do que o número de vagas. O vídeo mostra funcionários da TAM oferecendo R$ 1,5 mil a quem aceitasse, espontaneamente, descer da aeronave. Há relatos de casos em que a empresa chegou a oferecer R$ 5 mil para passageiros que desistissem do vôo.

Charters

Durante a inspeção que começa hoje, será analisado também o efeito do número excessivo de contratos de vôos charters sobre as linhas regulares das empresas. Um das dificuldades que agravaram a crise operacional da TAM no Natal foi o uso de aviões da frota de 85 aeronaves para atender os contratos de charters.

A Anac constatou que a quantidade de contratos especiais para o réveillon é muito maior do que a do Natal. Os principais destinos são cidades litorâneas do Nordeste, mas há muitas encomendas também para o exterior. "Vamos vasculhar tudo e levantar com precisão quantos bilhetes foram vendidos e a disponibilidade real de assentos. Esse problema (overbooking) não vai se repetir no ano-novo", afirmou o presidente da Agência Nacional de Aviação Civil, Milton Zuanazzi.

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