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Uma analista de comércio exterior, de 25 anos, afirma ter sido empurrada e levado socos no rosto após beijar uma mulher na região da Avenida Paulista, na madrugada desta quarta-feira (22). Esse seria o quarto ataque desde 14 de novembro.

A analista estava com dois amigos, por volga da 1h, em uma lanchonete na altura do número 900 da Rua Augusta quando viu uma garota que já conhecia. "Ela atravessou a rua para falar comigo e a gente se beijou", relata. No mesmo instante, um grupo com cerca de oito pessoas estava descendo a rua. "As meninas começaram a dizer: 'Que nojo! Tenho nojo de lésbica!', e se afastaram."

A garota se foi e continuou na lanchonete. De acordo com a analista, o grupo voltou, parou a cerca de meio quarteirão e as jovens começaram a falar alto, fazendo provocações. "'Não sei que tipo de gente é esse. Tem de morrer. Tem de criar vergonha na cara'", diziam, ainda segundo relato da vítima, que foi tirar satisfação.

"Quando perguntei qual era o problema, uma delas me empurrou e a outra me segurou. Aí elas me deram socos. Estou com um ferimento na testa do lado direito, meu olho esquerdo está roxo e minha boca também está machucada.".

Até a noite desta quarta, a vítima não havia registrado queixa. "É necessário fazer boletim de ocorrência. Todas as pessoas que sofrem agressão devem procurar a Decradi (Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância), que investiga os crimes de intolerância e está tentando identificar esses agressores", explica Adriana Galvão, presidente do Comitê sobre a Diversidade Sexual e Combate à Homofobia da Ordem dos Advogados do Brasil - regional São Paulo.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva inaugura nesta quinta-feira (23) o Disque Direitos Humanos que, entre outras funções, atenderá homossexuais.

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