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Veja o mapa do crime de Curitiba e RMC| Foto:

Rio registra a mais baixa taxa de homicídios em 20 anos

O Rio de Janeiro registrou no ano passado a menor taxa de homicídios desde 1991, quando começou a ser feita a estatística da criminalidade no estado

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Três pessoas que sobreviveram aos ataques atribuídos ao ex-co­­mandante do Corpo de Bombeiros do Paraná, coronel Jorge Luiz Thais Martins, e duas testemunhas dos crimes serão intimadas pela Polícia Civil a fazer o reconhecimento oficial do suspeito

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Os índices de violência em Curitiba e região metropolitana não resistiram ao período de férias. Depois de seis meses consecutivos de queda, o número de homicídios em janeiro subiu 19% em relação a dezembro. Foram 148 assassinatos por arma de fogo, arma branca e agressão nos primeiros 31 dias do ano contra 124 registrados no último mês de 2010, segundo levantamento exclusivo da Gazeta do Povo com base nos boletins do Instituto Médico-Legal (IML).

No entanto, a alta não significa que a violência deve voltar a atuar com a mesma intensidade do início do ano passado, que teve seus picos em janeiro (197 mortes) e fevereiro (214 casos). Isso porque o total de homicídios em janeiro de 2011 é 25% menor na comparação com o mesmo mês de 2010. "A segurança pública não tem uma lógica linear", diz o sociólogo e professor da PUCPR, Lindomar Bonetti. Segundo ele, é preciso levar em consideração a sazonalidade da violência. O calor e as férias de verão aumentam a frequência de pessoas em bares e nas ruas.

A queda na comparação anual anima quem de certa forma está envolvido quase que diariamente com as estatísticas de criminalidade. "Não temos o que comemorar ainda, mas é importante vislumbar um caminho", afirma a presidente do Conselho de Segurança (Conseg) de Piraquara, Indiamara do Rocio Szcepanik. No município, localizado na região metropolitana de Curitiba, o número de homicídios caiu de 22 em janeiro de 2010 para cinco neste ano.

Segundo Indiamara, há oito anos à frente do Conseg de Piraquara, as ações de patrulhamento nas ruas e a realização de blitzes no trânsito e nos bares foram fundamentais para a queda dos números. "´É importante saber onde está o problema e inibi-lo."

Integração

Para Mauro Suyhama, presidente do Conseg Cajuru, a participação e o envolvimento da comunidade é um dos fatores fundamentais para as mudanças. Principal­mente, lembra Suyhama, quando se tem a presença do tráfico de drogas, que gera conflitos como acerto de contas e briga por pontos de drogas. Segundo ele, o disque-denúncia 181 da Polícia Militar tem sido uma ferramenta fundamental.

Jaiderson Rivarola, do Conseg de São José dos Pinhais, concorda e diz que a redução dos homicídios é resultado, em grande parte, do aumento na confiabilidade no serviço 181. "As pessoas estão começando a participar da segurança pública".

Na capital, a Cidade Industrial encerrou 2010 como o bairro mais violento de Curitiba. No entanto, em janeiro deste ano houve uma queda de 50% no número de homicídios. A razão desta pequena, mas significativa mudança, conforme a avaliação do presidente do Conseg da CIC, Walter César, é a presença do policiamento comunitário e a maior participação da comunidade. Como exemplo, César cita a iniciativa do condomínio Parque Verde, na CIC, que pediu a presença do Conseg para fazer palestras sobre violência, combate às drogas e prevenção. O pedido de socorro do condomínio surgiu após o aumento de furtos e consumo de drogas no local.

Perfil

Das 148 mortes de janeiro, 114 foram cometidas por arma de fogo. Do total absoluto, 131 homens foram mortos, com a prevalência de faixa etária dos 18 aos 30 anos. Em Curitiba, os bairros que mais tiveram assassinatos foram o Boqueirão (oito mortes), Cidade Industrial e Sítio Cercado, cada um com sete mortes. Na região metropolitana, Almirante Tamandaré e Co­­lombo, ambos com dez casos, e Araucária e Pinhais, com sete ocorrências, lideram as estatísticas de homicídios.

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Interatividade:

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