Flor em bosque recém-inaugurado no bairro Santo Inácio, em Curitiba: 2010 é o Ano Internacional da Biodiversidade| Foto: Aniele Nascimento / Gazeta do Povo

Você pode ajudar

A redução da biodiversidade e a perda dos serviços dos ecossistemas são uma grande ameaça global ao futuro do planeta e das futuras gerações. Mas você pode fazer várias coisas para ajudar a aliviar a pressão sobre essa perda da biodiversidade:

Sem lembranças prejudiciais

> Antes de comprar, confira se a lembrancinha não é feita de pele, osso, carapaça, bico ou patas de uma espécie ameaçada de extinção.

Madeira do bem

> Compre madeira e produtos de madeira de fonte legítima e sustentável. Procure o selo do Conselho de Manejo Florestal (FSC).

Não faça papelão

> Reduza o consumo de papel e use papel reciclado: o uso de papel 100% reciclado poupa 24 árvores por tonelada de papel.

Pescados sustentáveis

> No restaurante ou em casa, escolha peixes sustentáveis, evitando espécies ameaçadas, como o atum de barbatana-azul ou o bacalhau do Mar do Norte.

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Livro ajuda a trabalhar com crianças e jovens

Na tentativa de apoiar o trabalho de professores no desenvolvimento de atividades pedagógicas com crianças e jovens sobre o significado e a importância da biodiversidade e como conservá-la, três organizações não governamentais lançaram o livro Inves­tigando a Biodiversidade: guia de apoio aos educadores do Brasil.

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Brasileiro mais consciente

A pesquisa Barômetro 2010, apresentada recentemente no Brasil e realizada pela associação internacional sem fins lucrativos União de Ética BioTrade (UETB), revelou que 94% dos brasileiros já ouviram falar em biodiversidade.

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O ano de 2010 foi declarado pelas Nações Unidas como o Ano Internacional da Biodiversidade. A ideia é chamar a atenção para o assunto e trazê-lo para o cotidiano das famílias. Em outubro próximo acontece, no Japão, a 10.ª Conferência das Partes da Convenção da Diversidade Bioló­gica para avaliar o cumprimento das metas dos países signatários da convenção – entre eles o Bra­­sil – e lançar novas metas de ação. Em artigo publicado na edi­­ção especial da revista Scien­­tific American Brasil, especialistas afirmam que o mundo vive atualmente uma crise de biodiversidade. Mas afinal o que significa essa a palavra e qual a influência dela na vida das pessoas?

De acordo com o Dicionário Barsa do Meio Ambiente, da editora Barsa Planeta, biodiversidade significa a variedade de seres vivos da fauna e da flora de um ecossistema, ou seja, a expressão representa a quantidade de espécies de peixes e outros animais e organismos que vivem em um lago, por exemplo. O termo foi cunhado pelo biólogo e entomólogo americano Edward O. Wil­son, fundador e criador da sociobiologia, que define a variedade biológica em diversos níveis, como ecossistemas, espécies e genes. Assim, se ambientalistas consideram que a Terra sofre com a chamada crise de biodiversidade, isso quer dizer que as espécies do planeta estão ameaçadas.

A situação interfere diretamente em processos vitais para o planeta e para a humanidade, os chamados serviços ambientais, sem os quais a vida como é vivida hoje ficaria seriamente comprometida. A perda de biodiversidade afeta o clima de tal maneira que o desmatamento representa na atualidade a segunda maior fonte de contribuição para as mudanças climáticas, assunto também bem comum nos dias de hoje. A vegetação protege nascentes de rios e cursos d’água e na ausência dela tanto a qualidade como a quantidade de água ficam comprometidas. Com a diminuição das espécies, se perde, por vezes, polinizadores essenciais para a produção de alimentos ou inimigos naturais de pragas. Além de prestarem serviços ao ambiente, as espécies compõem um acervo genético potencial que pode conferir resistência às culturas agrícolas, capaz de oferecer cura para uma diversidade de doenças. Os compostos derivados inicialmente de espécies silvestres contribuem com mais da metade de todos os medicamentos comerciais disponíveis.

Lançamento

O Ano Internacional da Biodi­versidade foi lançado em Curi­tiba, em janeiro deste ano, ao fim da segunda reunião da Parceria Global sobre Cidades e Biodiversidade, promovida pela Organização das Nações Unidas (ONU). O evento foi um preparatório para a COP 10 e marcou a inauguração da primeira Ilha de Biodiversidade Urbana de Curitiba, um bosque de 5 mil metros quadrados no bairro Santo Inácio, onde foram identificadas 29 espécies de árvores nativas, além de diversas espécies de aves, répteis e anfíbios. "Como mais da metade da população mundial vive em áreas urbanas, é importante estabelecer planos de ação locais. É nas cidades que se concentra o poderio político e econômico das nações", disse na época o representante do secretariado da COP 10, Oliver Hillel. Outras cem áreas serão transformadas em ilhas, pertencentes ao município e que terão acesso restrito.

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