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Os entraves para o começo da votação da reforma política estão longe de causar estranheza para os representantes paranaenses há mais tempo no Congresso Nacional, onde o tema é debatido desde 1986. O deputado federal Affonso Camargo (PSDB), que acumula 32 anos consecutivos de mandatos no Senado e na Câmara, duvida que algo será alterado, principalmente nas regras eleitorais. "Quero ver para crer. Quem chegou ao cargo não quer mudar as regras para facilitar a vida da concorrência. Vai pelo princípio de que em time que está ganhando não se mexe", diz.

Max Rosenmann (PMDB) é deputado federal há 20 anos e segue a mesma linha. "Uma reforma como essa mexe com profundos interesses, que só poderiam ser alterados, por exemplo, com uma revolução", afirma.

O peemedebista lembra que o atual modelo eleitoral para a Câmara é injusto e ainda reza pelos conceitos da ditadura militar dos anos 70, que supostamente beneficia as oligarquias e diminui o poder do eixo Sul e Sudeste.

Camargo é, em princípio, a favor da lista fechada e do financiamento público de campanha. Mas está disposto a votar contra os dois pontos porque percebeu que não são do agrado do eleitor. "Fiz uma pesquisa em Ponta Grossa e constatei que uma para cada cinco pessoas é a favor da lista fechada, por isso tenho que ficar ao lado do povo", explica.

Rosenmann está entre uma minoria de parlamentares paranaenses que votaria a favor da lista fechada e do financiamento público de campanha. "Não acredito em consenso, até porque ele nunca existiu. Mas que precisamos de mudança, precisamos", avaliou.

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