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O advogado Marlus Arns de Oliveira, 37 anos, candidato da chapa OAB Democrática, promete transformar a entidade e mexer no bolso dos advogados. Entre as propostas estão reduzir em 20% o valor da anuidade, atualmente em R$ 600, e abrir um canal de diálogo com os colegas. Outras idéias são criar uma comissão independente sobre o exame da Ordem e trabalhar junto às universidades para avaliar a qualidade de ensino. Curitibano e ex-integrante da chapa XI de Agosto, Oliveira é atual presidente da subseção OAB Curitiba, que será extinta no fim do ano. O seu escritório atende clientes na área penal empresarial.

Oliveira fala ainda de descontos progressivos de até 100% para advogados formados nos últimos cinco anos. "A advocacia está proletarizada, empobrecida. Os advogados do Paraná têm muita dificuldade para pagar a anuidade. É possível reduzir para todos, em 20%, a partir de janeiro", disse. Os descontos poderiam chegar a 100% se os jovens advogados participarem de projetos da entidade.

Segundo Oliveira, durante sua gestão o exame da OAB vai passar por um ajuste. "Vamos acabar com as pegadinhas. E avaliar o que o advogado precisa para entrar no mercado de trabalho." Ele promete ainda criar uma comissão parceira das universidades, não para fiscalizar, mas para avaliar a qualidade de ensino e acompanhar os alunos que fazem estágio. O candidato criticou a proliferação dos cursos de direito.

Amanhã, a chapa OAB Democrática vai apresentar um diagnóstico sobre os problemas da Justiça. "Sabemos que demoram de sete anos e meio a oito anos para encerrar um processo. Teremos um diálogo franco com o tribunal sobre isso. Se a situação não mudar, as medidas judiciais cabíveis serão tomadas, porque o grande prejudicado é o cidadão, não o advogado", lembrou.

A corrupção e as prisões de advogados não preocupam o candidato. "Não vejo isso com preocupação, pois a maioria paranaense tem conduta ilibada. Nem por isso a OAB vai deixar o seu papel de fiscalização." Ele acredita que o Brasil está mudando e que as denúncias de corrupção servem para aprimorar as instituições.

Oliveira promete ainda criar uma lista de restrição a autoridades na defesa da categoria. "Hoje, os advogados vêm sendo maltratados por juízes, promotores e delegados de polícia, que após se aposentar em tentam se inscrever no OAB. Não vamos permitir que essas pessoas consigam ingressar nos nossos quadros, por afronta ao exercício da advocacia." A lista já existe em São Paulo. Nem por isso ele enxerga a entidade com um viés corporativo. "Ela precisa defender o advogado e ter o papel de liderança na sociedade", finalizou.

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