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Pressionada por entidades médicas e farmacêuticos, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) adiou a decisão sobre a intenção de proibir a venda de me­­dicamentos usados para emagrecimento no Brasil. Sob forte es­­que­­ma de segurança – policiais federais armados acompanharam a au­­diência –, a proposta da agência de proibição foi bombardeada com críticas e contra-argumentos. Depois disso, a Anvi­­sa já não fala mais em um prazo para bater o martelo. Antes da reunião, a informação era de que uma re­­solução seria publicada em março.

"Não há prazo para definição", admitiu o diretor da Anvisa, Dirceu Barbano. "Vamos discutir o assunto até que todas as dúvidas sejam esclarecidas." Ontem, depois de mais de cinco horas de debate, a representante da Anvisa Maria Eugênia Cury sinalizou a possibilidade de haver novas rodadas de discussão. "Talvez essa não seja a última."

A proibição da venda dos remédios dietilpropiona (anfepramona), femproporex, mazindol e sibutramina foi recomendada à Anvisa pela Câmara Técnica de Medicamentos (Cateme), grupo de consultores da agência. Em um relatório de 90 páginas, técnicos listam vários riscos dos remédios e colocam em dúvida a eficácia dessas drogas.

A presidente da Associação Brasileira para Estudo de Obesi­­dade (Abeso), Rosana Radominski, diz que a retirada dos medicamentos trará prejuízo aos pacientes. "As pesquisas analisadas pela Anvisa são as mesmas que nós avaliamos para fazer o consenso. Nós, porém, tiramos conclusões distintas. Remédios podem ser usados, desde que com indicação correta."

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