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Gilmar Reinert, Jorge Grando e Albino Silva (foto) e mais Antônio Grando e Valdir Lopes foram mortos com tiros na cabeça | Aniele Nascimento/Gazeta do Povo
Gilmar Reinert, Jorge Grando e Albino Silva (foto) e mais Antônio Grando e Valdir Lopes foram mortos com tiros na cabeça| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

Apesar de ter apresentado nesta semana quatro suspeitos de envolvimento na Chacina de Piraquara – na qual foi assassinado o ambientalista Jorge Roberto Carvalho Grando –, a Polícia Civil parece estar longe de concluir o caso. O delegado Amadeu Trevisan Araújo disse que há indícios da participação de pelo menos outros dois assassinos no crime. Segundo a versão da polícia, os homicídios foram articulados pela ex-mulher do ambientalista, Derise Farias Pereira Grando. Ela está presa, mas nega envolvimento nas mortes. "A expectativa é de que, a partir de agora, as investigações andem com mais fôlego ainda", avaliou Trevisan.

O delegado aponta que as investigações começaram a se concentrar em uma única linha investigação há cerca de dois meses, após o depoimento de "testemunhas-chaves". A polícia concluiu que Derise teria contratado Edival de Souza Silva (que usava nome falso). Ele teria acionado outros dois suspeitos: os irmãos João Carlos e Adílson Rocha. O motivo do crime seria financeiro: a ex-mulher de Grando estaria interessada no dinheiro obtido pelo ambientalista com a venda de um terreno.

De acordo com o delegado, as testemunhas – cujos nomes não foram divulgados por medida de segurança – disseram ter visto Adilson da Rocha no velório das vítimas e, posteriormente, na companhia de Derise. Trevisan afirma que todos os suspeitos foram reconhecidos pelas testemunhas a partir de fotografias.

"Você levanta as fotos dos suspeitos e depois submete a reconhecimento e eles são apontados [pelas testemunhas] com 100% de certeza. Não é o delegado que está falando. Há um conjunto probatório", afirmou.

Buscas

Foram as mesmas testemunhas que ajudaram a polícia a juntar elementos que, segundo o delegado, apontam para a participação de outros assassinos no crime. A partir de agora, as investigações devem se concentrar em identificar essas pessoas e em tentar localizá-las. "Além dos depoimentos, existe uma questão lógica. É difícil pensar que três pessoas tenham rendido as cinco vítimas", avaliou Trevisan.

Foragido

Um dos suspeitos, João Carlos da Rocha, cumpria pena em regime semiaberto na Colônia Penal Agrícola (CPA) na data do crime. Segundo o delegado, há indícios de que ele tenha deixado a unidade exclusivamente para cometer o crime e, em seguida, teria retornado à CPA. Documentos de duas das vítimas foram encontradas em uma estrada que dá acesso à colônia.O crime

O crime foi cometido no feriado de Páscoa, em abril do ano passado. Jorge Grando recebia amigos na casa dele, onde realizava um churrasco. Além do ambientalista, foram assassinados o irmão dele, o funcionário público Antônio Carvalho Grando, o empresário Gilmar Reinert, o agente penitenciário Valdir Vicente Lopes e o funcionário da Sanepar Albino da Silva. Todos amarrados e executados com tiros na região do pescoço. Três das vítimas foram colocadas de bruços antes de serem mortas.

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