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São Paulo – Manu tem 25 anos, é vereadora desde os 23 anos e foi a deputada federal (PC do B) mais votada do Rio Grande do Sul no dia 1º. Em um mundo povoado por políticos calvos, fora de forma, ela virou a sensação da eleição. Atenta, a campanha de Lula convocou a garota para ser cabo eleitoral do petista entre os gaúchos, que lhe conferiram 271.939 votos.

"Agradeço os elogios, mas qualquer pessoa que conhece as mulheres gaúchas sabe que eu não tenho os padrões de modelo’’, diz Manu, ou Manuela D’Ávila, que virou até boneca em Porto Alegre. "Beleza não elege ninguém, não sou uma invenção. Mas também é meio machista: o ACM Neto é bonito, foi eleito e virou um "caminhão de votos’. Eu fui eleita e virei musa.’’

Filha de mãe juíza e pai professor de agronomia, formada em jornalismo, Manu tergiversa quando fala sobre a estranheza de uma jovem bem-nascida ter ingressado em um histórico partido de esquerda. "Minha família me mostrou que as coisas podiam ser mudadas. A universidade também. Era 1999, pleno processo de privatização do projeto neoliberal do Fernando Henrique. Comecei a militar no movimento estudantil. Ali tu vai conhecendo a realidade’’, conta.

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