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Seis meses depois do início do prazo para o cadastramento obrigatório de motofretistas (motoboys) em Curitiba, apenas 530 trabalhadores fizeram o cadastro, segundo a Urbanização de Curitiba (Urbs). A estimativa do órgão é que existam na cidade cerca de 20 mil trabalhadores neste ramo, o que significa que pouco mais de 2% estão no ca­­dastro. A partir de 1.º de janeiro de 2010, quem for flagrado prestando serviços de motofrete sem estar ca­­dastrado será multado em R$ 85,13 e receberá quatro pontos na Carteira Nacional de Habilitação.

O cadastramento é uma exigência da Lei Municipal 11.738/06 e do Decreto Municipal 742/08. Até o fim do ano, os motofretistas também deverão fazer um curso de capacitação específica para o serviço, exigido pela lei, com destaque para o treinamento técnico e de cidadania no trânsito. O valor normal do curso é de R$ 47, mas será gratuito aos 6 mil primeiros cadastrados, segundo a Urbs. O prazo da gratuidade, no entanto, termina no dia 30 de outubro. Até ontem, 411 pessoas haviam concluído o curso.

Segundo o presidente do Sin­dicato dos Trabalhadores Con­dutores de Veículos Moto­­netas, Motocicletas e Similares de Curitiba e Região Metropolitana (Sintramotos), Tito Mori, a baixa procura é resultado de uma pressão por parte das empresas de motofrete. "Muitas companhias têm trabalhadores sem carteira assinada, para não pagar impostos. Para não terem de ser registrados, as empresas não deixam os motoboys fazerem o cadastro", afirma. Mori estima que 70% dos motofretistas de Curitiba trabalham informalmente.

Para fazer o cadastro na Urbs, o trabalhador precisa procurar a sede do órgão, na Rodoferroviária de Curitiba, e apresentar documentos pessoais (RG, CPF e Carteira Nacional de Habilitação) e certidões criminais do 1.º e do 2.º ofício.

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