Recadastramento de táxis aquece mercado clandestino de placas
O recadastramento das 2.252 licenças de táxi de Curitiba iniciado pela Urbanização Curitiba S/A (Urbs) em agosto estimulou o mercado clandestino de concessões do serviço. As placas vêm sendo negociadas às pressas por quem teme perdê-las. Leia matéria completa.
Até esta terça-feira (11), apenas 23% dos atuais permissionários autônomos de táxi de Curitiba tinham feito o recadastramento das licenças junto à Urbs, que gerencia o sistema de transporte da capital. O índice equivale a 481 dos 2.041 profissionais licenciados, que têm até o dia 14 do próximo mês para regularizar a situação.
Se todos os documentos apresentados pelos taxistas estiverem de acordo com as exigências do município, o taxista receberá uma autorização para continuar operando na capital.
Atualmente, os táxis de Curitiba têm apenas permissões para fazer o serviço. No entanto, um decreto assinado pelo prefeito Gustavo Fruet (PDT) no mês passado prevê que todos os profissionais da área devam ter autorização para realizar o serviço que será válida por 35 anos, prorrogáveis por mais 15.
De acordo com a Urbs, além dos 2.041 permissionários autônomos, há ainda outros 212 táxis pertencentes a empresas, que já estão providenciando o recadastramento.
Ilegalidade pode explicar baixa adesão
O Sindicato dos Taxistas do Paraná (Sinditaxi-PR) estima que o recadastramento poderá barrar até 500 placas de táxi que operam em Curitiba. Segundo o presidente da entidade, Abimael Mardegan, as declarações exigidas pela prefeitura para que o permissionário realize o recadastramento são boas ferramentas para "desbancar" os empresários que detêm licenças, não trabalham diretamente com os carros e arrendam placas a outros taxistas sem permissão.
Por isso, a necessidade de regularizar a documentação exigida pode, de acordo com o Sinditaxi-PR, ser um dos motivos que explica o baixo índice do recadastramento após quase um mês do início do prazo.
"Não entendo por que está tão baixo [o número de recadastrados]. Alguma coisa tem nisso. Ou alguém que não se encaixa porque é funcionário publico, tem outra permissão. Mas estamos mesmo prevendo que isso acabe em placas que voltem para a Urbs", declarou Mardegan.
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