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Curitiba

Apesar de acordo com empresa, funcionários de limpeza das creches decidem manter greve

Empresa promete pagar salários, mas sindicato prepara medida cautelar

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Vídeo: (Foto: Reprodução TV Tem - Bauru)

Em reunião realizada durante o início da tarde desta terça-feira, o Sindicato dos Empregados em Empresas de Asseio e Conservação (Siemaco) e a empresa EBV, responsável pela limpeza em várias creches de Curitiba, assinaram um acordo para por fim à greve iniciada nesta manhã. Os trabalhadores alegam sucessivos atrasos de salários e garantem que ainda não receberam os vencimentos referentes ao mês de fevereiro.

No encontro, que começou as 9h e foi até as 15h, a empresa se comprometeu a efetuar todos os pagamentos pendentes aos funcionários que são ligados à Prefeitura de Curitiba ainda nesta terça e para os que trabalham na Secretaria de Saúde e outras empresas privadas até a próxima quinta. Além disso, ficou acertado que o pagamento dos tickets refeição também serão feitos até o fim dessa semana, que o dia de trabalho perdido nesta terça não será descontado e que todos que participaram do movimento têm garantia de emprego por 90 dias.

O presidente do Siemaco, Manassés Oliveira, está pouco confiante em relação ao cumprimento da palavra da empresa. "Na verdade não tem como confiarmos nem acreditarmos neles. Por duas vezes eles vieram até o sindicato, fizemos reuniões e registramos em atas a promessa de que o problema de atrasos seria resolvido, mas em nenhum desses casos eles cumpriram a palavra. Hoje eles demonstraram muita boa vontade, mas é difícil confiar".

Segundo Manasses, os trabalhadores mantêm a greve até o pagamento dos salários. "O problema é que os administradores daqui não têm nenhum poder. Eles diziam que já tinham depositado 35% dos salários, mas no meio da reunião eu pedi um intervalo, fui até o banco com três funcionárias e trouxemos os extratos atualizados, sem os pagamentos".

Medida cautelar

Ao todo a empresa mantém cerca de 4 mil funcionários nos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Segundo Manasses, o problema é recorrente em todas as filiais. "Em Curitiba são 500 funcionários e estamos com problemas desde o ano passado. Isso tem acontecido em todos os estados onde eles mantêm funcionários. Achamos que quando se chega numa situação como essa, fica difícil as coisas melhorarem. Por isso, estamos chamando todos os trabalhadores ao sindicato para virem assinar as procurações para entrarmos com uma medida cautelar e pedir o bloqueio dos bens da empresa para garantir o pagamento, caso eles não quitem os débitos esta noite".

O principal temor dos grevistas é que a empresa esteja preste a falir. "Se eles não têm dinheiro para pagar salários, imagine as verbas rescisórias. Tememos que eles fechem sim. Fizemos várias reuniões e levantamentos para descobrir porque eles não estão pagando e o problema não é com os tomadores de serviços e emissores de faturas. Então fica difícil acreditar neles, tendo em vista o ocorrido dentro desse nosso mercado. Várias empresas da mesma linha estão quebrando. Anoitecem, mas não amanhecem".

O representante regional da EBV, Acir Edson Hafez José, não compareceu à sede da empresa durante a tarde e a reportagem da Gazeta do Povo Online não conseguiu contato com ele.

Passeata pela manhã

As funcionárias que trabalham na limpeza das creches em Curitiba fizeram uma passeata, na manhã desta terça-feira (13), para protestar contra o atraso de pagamento dos salários da empresa EBV, que presta serviço terceirizado de limpeza e conservação para as creches da prefeitura. A caminhada foi realizada por volta das 9 horas e as manifestantes foram para frente da sede da empresa, que fica na Avenida Manoel Ribas, 227, no bairro Mercês.

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