Em 1960, greve de bondes durou cinco dias
Agência Estado
Greves de motoristas de ônibus, cobradores e condutores dos antigos bondes já paralisaram a cidade de São Paulo em diversas ocasiões.
Uma das maiores foi a de 1992, quando os veículos, da então Companhia Municipal de Transportes Coletivos (CMTC), ficaram nove dias parados e deixaram 6 milhões de paulistanos sem transporte.
Sem ônibus, o cenário na capital paulista é sempre o mesmo: tumultos, filas e trânsito complicado.
Na greve de 1960, deixaram de circular 250 bondes durante cinco dias. A situação na cidade se agravou com manifestações, e a CMTC chegou a pedir ao prefeito que decretasse estado de sítio na cidade.
Protesto original
Em 1960, a categoria organizou um protesto original. Motorneiros e condutores mostrariam o descontentamento com a política da CMTC no próprio rosto: ficariam uma semana sem fazer a barba.
O movimento obteve pouca adesão e não foi adiante. Após votação, os trabalhadores voltaram a fazer a barba.
Duas garagens da Viação Santa Brígida, que operam 80 linhas das zonas norte e oeste da capital paulista, amanheceram fechadas (22), mesmo após a negociação, nessa quarta-feira (21), na Superintendência Regional do Ministério do Trabalho, em que ficou acertado o retorno ao trabalho. De acordo com a São Paulo Transportes (SPTrans), a paralisação na garagem afeta o funcionamento do Terminal Pirituba. O atraso na saída dos ônibus da empresa Gato Preto, por volta das 5h, também dificultou a circulação de ônibus nesse terminal. O órgão informou, no entanto, que os outros 27 funcionam normalmente.
O Plano de Apoio entre Empresas em Situação de Emergência (Paese) foi acionado para atendimento de quatro das 80 linhas. Segundo a SPTrans, foram escolhidos os principais trajetos, que estão sendo atendidos com 95 veículos. Com a saída dos carros da garagem da Gato Preto e a operação de emergência, os ônibus voltaram a circular em Pirituba. O terminal teve a atividade interrompida no início da manhã por não ter veículos disponíveis.
A negociação de ontem, que durou mais de três horas, teve a presença dos advogados dos sindicatos patronais, de representantes da prefeitura e dos trabalhadores. Motoristas e cobradores que estão insatisfeitos com o reajuste salarial aprovado em assembleia da categoria no dia 19 disseram que concordariam em retornar ao trabalho desde que a prefeitura intermediasse uma reabertura das negociações com os empresários.
A quarta-feira foi mais um dia de problemas para os paulistanos com o transporte público. No fim da manhã, o número de terminais chegou a 14. No início da noite, quase todos foram liberados. Apesar de parte da categoria permanecer em greve, algumas linhas voltaram a operar.
SP bate recorde de ruas e avenidas congestionadas no período da manhã
São Paulo registrou nesta quinta (22) recorde no trânsito para o período da manhã neste ano. De acordo com a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), dos 868 km de ruas e avenidas monitoradas, 157 km estavam congestionados às 8h40.
O recorde anterior havia sido registrado no dia 25 de abril, quando às 8h30 a cidade registrou 142 km de congestionamento. O maior trânsito da história no período da manhã foi registrado no dia 23 de maio de 2012 quando a cidade teve 249 km de ruas e avenidas congestionadas.
A pior via na manhã desta quinta é a marginal Tietê. Por lá, segundo a CET, há 23 km de congestionamento em razão de um acidente que aconteceu logo após o Cebolão. Duas faixas da pista expressa permanecem interditadas na região. Uma pessoa ficou ferida.
A região onde está concentrado o maior número de ruas e avenidas congestionadas em São Paulo é a zona sul. De acordo com a CET, são 55 km de vias com algum tipo de lentidão. Completam o ranking, a zona oeste com 42 km de congestionamento e a zona norte com 29 km de lentidão.
Na zona leste às 8h40 havia, 17 km de ruas e avenidas congestionadas enquanto que no centro o motorista enfrentava no horário 15 km de vias com trânsito ruim.
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