Brasília - "Eu defendo, na verdade, o uso do fumo em qualquer lugar. Só fuma quem é viciado." Essa foi a resposta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao ser indagado, ontem pela manhã, sobre sua opinião a respeito do projeto que proíbe o fumo em lugares fechados, a exemplo do que foi proposto pelo governador de São Paulo, José Serra, na semana passada. Durante a entrevista a jornalistas de oito jornais do país, no Palácio do Planalto, Lula fumava uma cigarrilha.
O projeto do Ministério da Saúde está em tramitação na Casa Civil desde fevereiro e propõe a extinção dos fumódromos em recintos fechados. Lula não quis manifestar sua opinião. "Eu não vou propor. A idéia do Ministério da Saúde é a proibição do fumo em todos os lugares fechados. Eu mando o projeto para o Congresso e não voto." Ao ser questionado sobre um decreto que proíbe o fumo no Planalto, o presidente respondeu: "Menos na minha sala. Eu, se for na sua sala, não fumarei porque respeito o dono da sala. Mas, na minha, sou eu que mando".
O Sistema Único de Saúde (SUS) gasta pelo menos R$ 338,6 milhões por ano para tratar os brasileiros que sofrem de doenças causadas pelo cigarro. O valor foi calculado pela economista da saúde Márcia Pinto, da Fundação Oswaldo Cruz, e se refere aos gastos que o SUS teve em 2005 com quimioterapia e internações.
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