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Saiba mais sobre a Rua Dias da Rocha Filho| Foto:

Rio de Janeiro – Tida sempre como uma das favoritas, a Mangueira fará seu desfile hoje na Marquês de Sapucaí, no Rio de Janeiro, depois de ter enfrentado uma das mais turbulentas temporadas pré-carnavalescas, que obrigou a escola a se renovar.

O principal desfalque será o do intérprete Jamelão, 90 anos, que defendeu as cores da verde-e-rosa por 57 carnavais, recorde absoluto na história do samba.

Afastado por conta de um acidente vascular e sem poder acompanhar o desfile no sambódromo, Jamelão foi substituído por Luizito, um dos auxiliares até o ano passado. Mas Luizito sofreu um infarto durante o último ensaio técnico da escola neste mês. Foi quase um novo desfalque.

Contrariando recomendações médicas, porém, a diretoria colocou Luizito para dar hoje o grito de guerra e puxar a primeira passada do samba, sem o acompanhamento da bateria. "Decidimos fazer assim para poupar o Luizito, que não vai puxar todo o samba’’, diz Álvaro Luiz Caetano, diretor-responsável pelo carro de som.

A tarefa de puxar o samba da Mangueira será, depois, entregue ao coro de intérpretes, que foi reforçado por Emílio Santiago. Mangueirense, o cantor fará sua estréia no carnaval. "Neste ano, não teremos uma primeira voz. Todos vão cantar em coro. A idéia de chamar o Emílio foi muito bem aceita por todos. Ele sempre teve vontade de puxar o samba da Mangueira’’, afirmou Caetano.

A escola rompeu mais uma tradição ao colocar uma "celebridade’’ à frente dos ritmistas – antes havia uma eleição entre jovens da comunidade. O posto será da cantora Preta Gil, cuja silhueta destoa das demais rainhas e madrinhas de bateria. Preta Gil foi escolhida pelo presidente da ala da bateria, o cantor e compositor Ivo Meirelles. A escolha desagradou parte dos integrantes da escola.

Ainda na bateria, outra novidade foi a introdução de mulheres como ritmistas. Já na reta final, mais um percalço. Beth Carvalho não deve desfilar. É que ela não aceitou ir no chão, alegando problemas na coluna. Queria um lugar num carro. A direção da escola não atendeu inicialmente a seu pedido. Mas recuou e tenta ainda levar a cantora para a avenida.

Se na estrutura as mudanças foram muitas, na parte de criação a escola manteve seu estilo: carros grandiosos, como o que terá a forma do Coliseu de Roma, que atingem até 55 metros, ricos em detalhes e com acabamentos luxuosos vão compor o desfile.

"Vai ser um desfile histórico, linear. Fácil para o público acompanhar, com o gigantismo que é uma marca da Mangueira’’, diz o carnavalesco Max Lopes. O enredo da Mangueira falará sobre a língua portuguesa.

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