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Os rodoviários do Rio decidiram encerrar a greve da categoria, que teve início na madrugada da última sexta-feira. A volta ao trabalho foi aprovada durante assembleia na manhã de hoje.

Segundo o presidente do Sintraturb (Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus do Rio de Janeiro), José Carlos Santana, o movimento foi suspenso, mesmo sem que as reivindicações da categoria fossem atendidas, porque a entidade recebeu uma notificação judicial determinando que 80% da frota deveria estar nas ruas.

"Não temos como controlar quem vai aderir ou não, nem saber se conseguiremos manter os 80%. Então a categoria achou que era melhor encerrar a greve".

O presidente do sindicato disse ainda que as negociações continuarão ocorrendo no Tribunal Regional do Trabalho.

Os rodoviários também marcaram uma nova assembleia para discutir os rumos da campanha salarial na próxima quinta-feira, às 18h.

O sindicalista afirmou que a frota está sendo normalizada e que até amanhã todos os ônibus estarão circulando.

Prejudicados

A paralisação dos ônibus começou na madrugada de sexta-feira e prejudicou cerca de 4 milhões de passageiros no Rio de Janeiro. Na sexta-feira, os passageiros tiveram problemas na volta para casa. Em diferentes pontos do centro do Rio houve filas até o início da madrugada.

A categoria pedia 23% de reajuste, mas após as primeiras negociações já aceita um aumento salarial de 15%. Os empresários mantém a proposta de 8% de reajuste. Motoristas pedem ainda a extinção da dupla função do motorista, também responsável por cobrar as passagens.

Na noite de sexta-feira, a Justiça do Trabalho determinou que 80% da frota voltasse a circular.

"Extorsão"

O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), afirmou ontem que considera uma "extorsão" o aumento de tarifas praticado por algumas vans da cidade durante a greve.

"Soube da cobrança de R$ 25, isso é extorsão, um desrespeito com a população", afirmou durante visita ao Museu de Arte do Rio (MAR), na região portuária, com a participação de professores e familiares convidados.

A tarifa das vans não é tabelada na cidade, mas o preço médio é de R$ 7. A cobrança de R$ 25 teria ocorrido por vans que fazem o trajeto entre Santa Cruz, zona oeste, e o centro.

Para o prefeito, a categoria "perdeu uma ótima oportunidade de mostrar que tinha um serviço a prestar".

Paes disse que mais uma vez ficou claro que a determinação da prefeitura de organizar a categoria é correta. "Temos que partir para um modelo em que eles não serão mais um transporte alternativo, mas sim um transporte complementar regulado."O governo municipal criou a Coordenadoria Especial de Transporte Complementar, que irá implantar um novo modelo de operação de vans neste ano.

A coordenadoria deve começar a atuar entre abril e maio. Além de fiscalizar, irá também estabelecer regras. As vans passarão a aceitar o bilhete único. A tarifa do ônibus hoje na cidade é de R$ 2,75.

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