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Um dia depois de nove ônibus serem incendiados e depredados uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), afirmou que "vândalos não vão botar em cheque a política de pacificação nas comunidades". Ele disse também, na noite desta terça-feira (29), que criminosos querem "testar" o seu governo às vésperas das eleições.

Por volta das 18h30, o clima era tenso no entorno da UPA, que foi invadida por manifestantes na noite de segunda-feira (28) na avenida Itararé, em Ramos, uma das vias de acesso ao Alemão. Crianças e moradores espalhavam boatos de que protestos violentos estavam previstos até o feriado de quinta-feira (1.º de maio).

"Nossa força de segurança estará presente onde for necessário. Liguei para o ministro [da Justiça] José Eduardo Cardoso hoje [terça, 29] às 7h para pedir a transferência de presos que teriam influenciado nesses ataques", afirmou Pezão, em coletiva de imprensa na UPA.

"É a terceira vez que recebemos esse enfrentamento: a primeira foi quando o governador Sérgio Cabral e eu ganhamos a eleição, depois quando nós nos reelegemos e agora acho que vieram testar. Mas temos uma determinação de que segurança pública é prioridade do nosso governo", acrescentou.

Ao contrário do que o governador declarou na coletiva, mais cedo o delegado Carlos Eduardo Rangel afirmou à reportagem que não havia traficantes entre os manifestantes que invadiram a UPA na noite de segunda (28). "Eles protestavam por problemas no atendimento", disse.

O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), que também participou da coletiva de imprensa, chamou os manifestantes que invadiram a UPA de "vândalos e delinquentes". "Nós não estamos lidando com pessoas que estão protestando por melhores condições de vida, são delinquentes e marginais que danificam equipamento público", afirmou.

O prefeito destacou ainda que equipamentos foram danificados, vidros, computadores e câmeras de segurança quebradas na UPA. Somente à noite a unidade voltou a funcionar normalmente. A Secretaria de Saúde informou que os dois médicos que haviam pedido demissão voltaram atrás e pediram para retornar ao trabalho após conversa com o secretário.

Pezão disse ainda que pediu ao governo federal e à Justiça transferência imediata de traficantes que teriam influenciado nos ataques criminosos na cidade. No início da noite desta terça, a Justiça deferiu o pedido de transferência do traficante Piná para um presídio federal.

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