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Adriano Candido, dono de uma banca de revista que foi depredada no Centro Cívico | Marcelo Andrade/Gazeta do Povo
Adriano Candido, dono de uma banca de revista que foi depredada no Centro Cívico| Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

Funcionando

Depois de ficarem desativadas durante três dias, as estações-tubo do Centro Cívico, em Curitiba, que foram danificadas durante atos de vandalismo e depredação, voltaram a operar normalmente por volta das 17 horas de ontem. As depredações foram registradas na última sexta-feira após passeata que reuniu cerca de 15 mil pessoas. Segundo a prefeitura, os pontos ainda não foram consertados, mas mesmo assim voltaram a funcionar por causa dos transtornos ocasionados aos passageiros durante o dia todo.

Além da depredação do patrimônio público, que soma prejuízos na casa de R$ 1,5 milhão, estabelecimentos da Avenida Cândido de Abreu também sofreram com o ataque de vândalos que estiveram na região durante o protesto da última sexta-feira. O prefeito Gustavo Fruet prestou solidariedade aos comerciantes, mas, segundo a prefeitura, não há como o município arcar com os custos de danos a lojas privadas. O dinheiro para os reparos deverá sair do bolso dos proprietários.

Uma das mais prejudicadas foi Evani Aguiar da Silva Lima, dona de um restaurante que havia sido reformado há menos de três meses. Vidraças e uma porta de vidro foram destruídas; e nove mesas e 36 cadeiras foram utilizadas pelos vândalos para fazer uma fogueira. Para continuar atendendo clientes, Evani precisou emprestar móveis. "As manifestações são importantes, mas não podem ser feitas desse jeito. Não há justificativa para essa destruição", diz ela, que ainda aguarda o orçamento para saber quanto será o prejuízo.

A vizinha de Evani, Mar­ci Markovski, é proprietária de um salão de beleza que, mesmo ficando um andar acima da rua e colocando uma bandeira do Brasil na janela para se mostrar solidária à manifestação, não escapou do ataque. "Faz quase 13 anos que tenho esse salão e, mesmo com tantas manifestações que acontecem na rua, é a primeira vez que algo assim acontece", comenta. No total, quatro vidraças da porta e seis da janela foram atingidas por pedras e geraram um custo que ainda está sendo calculado. E poderia ter sido pior. "Imagina se jogassem uma bomba aqui dentro, com tantos produtos inflamáveis?"

Quase na esquina das ruas Cândido de Abreu e Dr. Roberto Barroso fica a banca de Adriano Candido, que ocupa o espaço há cinco anos. Ele estima que os vidros quebrados e os danos às portas de aço somem R$ 6 mil de prejuízo. "Seria bom se a prefeitura colocasse a polícia para proteger não só o patrimônio público, mas também o comércio", sugere ele, que não pretende consertar as avarias até que a onda de protestos termine.

Uma farmácia da região também foi saqueada, mas os proprietários não quiseram conversar com a reportagem.

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