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O corpo de um homem não identificado foi sepultado como sendo o do adolescente Jhonatan Souza Alto, 17 anos, morto na madrugada de sexta-feira (8), no bairro Cidade Industrial de Curitiba (CIC). Segundo o Instituto Médico-Legal (IML), a liberação do cadáver só foi autorizada depois que o padrasto do jovem fez o reconhecimento do cadáver.

O equívoco foi comunicado pela família na manhã desta segunda-feira (11). A Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) determinou a instauração de inquérito policial para investigar o caso. Em entrevista coletiva no fim da tarde desta segunda-feira, o delegado Itiro Hashitani, responsável pelo caso, disse que o corpo do adolescente já foi localizado e está nas câmaras frias do IML. A polícia pretende ouvir familiares do jovem e funcionários do Instituto para apurar o que motivou a falha.

O diretor-geral do IML, Porcídio D’Otaviano de Castro, informou que o corpo de Souza Alto deu entrada no IML às 13 horas de sexta-feira. O corpo passou por exame de necropsia e foi liberado para identificação no sábado (9). O cadáver foi reconhecido pelo padrasto do rapaz, Paulo Oliveira Cruz, que assina o auto de liberação. Segundo a polícia, o homem vive há dez anos com a mãe do adolescente e estaria casado com ela há três anos.

Após a liberação, o corpo seguiu para São Carlos, em São Paulo, onde moram familiares de Souza Alto, que suspeitaram da falha. Mesmo assim, o enterro acabou ocorrendo. O delegado Hashitani apontou que vai ser necessária autorização judicial para que o corpo sepultado por engano seja exumado e encaminhado novamente para o IML.

Mãe é acusada de ter provocado a morteA mãe do adolescente, Maria Marciana de Souza, foi presa em flagrante, na noite de sexta-feira, acusada de ter provocado a morte de Alto. Segundo o delegado Maurílio Alves, da Delegacia de Homicídios (DH), inicialmente a mulher alegou que o filho tinha morrido em decorrência de coma alcoólica. Um laudo preliminar do IML, no entanto, apontou que óbito ocorreu por asfixia mecânica e que havia sinais de agressão no corpo do jovem.

Na noite de quinta-feira (7), Maria Marciana teria sido chamada pela pedagoga da escola em que Souza Alto estudava. A mãe foi acionada para recolher o filho, que teria ido alcoolizado ao colégio. Segundo a polícia, para forçar o adolescente a apontar com quem havia bebido, ela acabou trocando agressões com o rapaz. "Ela confessou que usou uma ripa de madeira para bater no filho. O material foi, inclusive, apreendido e será periciado", disse o delegado.

A polícia aguarda a conclusão de laudos complementares que estão sendo realizados pelo IML. "Como bater no filho com um pedaço de pau não é método de educar ninguém, eu indiciei a mulher por homicídio doloso [quando há intenção de matar]", explicou Alves.

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