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Homem invade sala e atira em estudante

Maringá - Um homem armado invadiu uma sala da Uningá, em Maringá, por volta de 19 horas de ontem, e atirou pelo menos quatro vezes contra um aluno. Ele errou todos os tiros e deu uma coronhada no rapaz de 27 anos, que foi levado ao Hospital Santa Rita com um ferimento na cabeça. Um segurança da universidade desarmou o atirador, que fugiu. Até a noite de ontem ele não havia sido preso. A arma foi apreendida. Segundo a Polícia Militar, a vítima havia mexido com a mulher do atirador, que seria aluna e empregada da faculdade. De acordo com o Hospital Santa Rita, as coronhadas causaram um ferimento profundo na cabeça do rapaz, mas ele está fora de risco.

Hélio Strassacapa, Jornal de Maringá On-line

Maringá - O Ministério da Educação (MEC) desvinculou a Faculdade Ingá (Uningá), envolvida em um escândalo de concessão irregular de bolsas de estudo do Programa Uni­versidade para Todos (Prouni). A decisão, tomada pela Secretaria de Educação Superior do MEC, foi publicada no Diário Oficial da União de ontem. De acordo com a assessoria de imprensa do MEC, nenhum aluno poderá receber bolsas de estudo na instituição a partir de agora. No entanto, o despacho assinado pela secretária de Educação Superior, Maria Dallari Bucci, garante que os atuais 240 bolsistas da Uningá não terão prejuízos e que contarão com o benefício até a conclusão do curso. A faculdade terá prazo de dez dias para recorrer da decisão.

A medida é resultado do processo administrativo que o MEC abriu para apurar a concessão das bolsas, denunciada pelo programa Fan­tástico no dia 2 de maio. A matéria mostrava que três alunas de classe alta, com carro e casa com piscina, eram beneficiadas pelo Prouni desde 2008. As informações levantadas pelo MEC ainda serão repassadas ao Ministério Público Federal e à Advocacia-Geral da União, que decidirão sobre o ressarcimento do dinheiro das bolsas irregulares e responsabilização dos envolvidos.

Investigação

Atendendo a pedido da Procu­ra­doria da República, a Polícia Fe­­deral abriu inquérito no dia 17 deste mês para investigar suposta prática de estelionato. Segundo o delegado-chefe da Polícia Federal em Maringá, Donizete Tambani, as investigações devem ser concluídas em 30 dias após o início dos trabalhos, prazo que pode ser prorrogado. O processo será mantido em sigilo. O pedido para abertura de inquérito policial foi protocolado no dia 28 de maio, após a exibição da reportagem.

Belisa Stival, Camila Colombari Medeiros e Milena Lacerda Co­­lombari deixaram de pagar, juntas, quase R$ 300 mil – cada aluno de Medicina da Uningá paga R$ 3,2 mil por mês. As alunas tinham, ainda, a "bolsa permanência", uma espécie de mesada de R$ 300 por mês. O di­­nheiro vai para a conta de alunos com bolsa integral de cursos que tenham seis horas ou mais de aulas por dia.

As universitárias são parentes de membros da diretoria da Uningá: Belisa é filha de Ney Stival, diretor de ensino; Camila é filha de Vânea Colombari, coordenadora de cursos profissionalizantes; e Milena é sobrinha de Vânea. A faculdade cancelou o benefício de Belisa e Camila no dia 30 de abril, dois dias antes de a reportagem ser exibida. Já Milena pediu para deixar o Prouni no dia 4 de maio.

Em entrevista concedida neste mês, Vânea Colombari disse que as três colegas continuam estudando normalmente e que não iriam se posicionar sobre o caso. Mesmo com o cancelamento das bolsas, elas ainda podem ser alvo de processo criminal. A reportagem entrou em contato com a Uningá, mas o diretor administrativo Paulo Barbosa, responsável por comentar o assunto, não foi encontrado.

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