Brasília (AE) Na tentativa de neutralizar o desgaste político da convocação extraordinária, a Câmara e o Senado estão disputando quem vota primeiro a redução do recesso e o fim do pagamento de salário extra para os parlamentares. Surpreendentemente, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), anunciou ontem que pretende votar na próxima quarta-feira uma emenda constitucional nesse sentido, que já está tramitando desde 2002, mas nunca foi submetida a voto. Renan vai discutir a proposta com os líderes partidários na semana que vem, uma articulação que já está em curso pelo presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PC do B-SP).
Os líderes do PT, deputado Henrique Fontana (RS), e do PFL, deputado Rodrigo Maia (RJ), já se comprometeram com Aldo Rebelo, em encontros separados na terça-feira, de apoiar a mudança constitucional tão logo o plenário da Câmara vote as duas medidas provisórias (MPs) e o projeto que trata da Super-Receita, que estão trancando a pauta.
Na avaliação de Renan Calheiros, se o Senado conseguir diminuir o recesso de 90 para 60 dias já terá cumprido com o seu papel na convocação. "Nós temos que aprovar", afirmou o senador.
Apesar de ter votado 1.700 matérias em 2005, Renan disse que o Senado "entrou na vala comum" e foi acusado, como a Câmara, de não trabalhar. Mergulhada na crise política e nas denúncias de pagamento de mensalão, a Câmara teve uma baixa produção no ano passado.
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